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Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDA/H). Tecnologias, atores sociais e indústria farmacêutica

A análise crítica dos processos de farmacologização da infância é apresentada a partir dos resultados de investigações sobre o uso de drogas psicotrópicas em crianças. O caso empírico da TDA/H e do uso de metilfenidato são discutidos, enfatizando o papel da indústria farmacêutica, os avanços nas tecnologias farmacológicas, e o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais) como elementos centrais na instalação e distribuição de tais processos. Esses problemas são abordados a partir de perspectivas que analisam os processos da medicalização e biomedicalização, das tecnologias biomédicas e da história da farmacologia. Foram usados métodos analíticos e interpretativos para o processamento e análise de dados primários e secundários, triangulando: 1) revisão especializada da literatura nacional e internacional, 2) análise de artigos de jornais com foco sobre o tema, 3) dados numéricos oficiais e das organizações profissionais; e 4) a análise de 65 entrevistas em profundidade e grupais a profissionais de saúde. Dessas entrevistas, 35 foram realizados em duas seções, de outubro a dezembro de 2007 e de abril a junho de 2008. Os restantes 30 foram realizadas entre agosto de 2009 e março de 2011. Conclui-se em crescimento do diagnóstico de TDA/H em crianças nas últimas duas décadas, e a expansão do marketing farmacêutico para os atores não médicos.

transtorno por déficit de atenção com hiperatividade; infância; metilfenidato; indústria farmacêutica; tecnologias


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