O artigo tenta sintetizar a contribuição de Herbert Marcuse para a crítica da esfera cultural que emerge no processo de formação do capitalismo tardio. O uso crítico da negação e o da visão hegeliano-marxista de Marcuse se combinam com a construção de uma metáfora antropológica sobre o pro- cesso social, e constituem uma metodologia capaz de desenvolver uma aná- lise penetrante sobre o fundamento da unidimensionalização da vida através da realização do princípio de realidade como rentabilidade. O capital alcança uma capacidade de constituição de um poder excedentário sobre a adminis- tração e organização da vida social, por força da vitória na mudança da relação entre produção e consumo na realização material e cultural de sua pseudo-igualdade.
Capitalismo tardio; esfera cultural; acumulação flexível