I. Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil no Brasil: distribuição geográfica e perfil dos usuários (GARCIA; SANTOS; MACHADO, 2015GARCIA, G. Y. C; SANTOS, D. N.; MACHADO, D. B. Centros de Atenção Psicossocial Infantojuvenil no Brasil: Distribuição geográfica e perfil dos usuários. Cad Saude Publica, v.31, n.12, p.2649-2654, 2015.). |
Tipo: Ecológico de múltiplos grupos (quantit.) - busca apresentar um panorama descritivo de diferenças entre populações estudadas com base em dados secundários, comparando a frequência e distribuição de problemas entre diferentes grupos em um dado período. |
De 2008 a 2012, a maior parte dos atendimentos nos CAPSi (29,7%) foram para transtornos relacionados a problemas de comportamento; por faixa etária, esses transtornos representaram 39% entre os usuários de 5 a 9 anos e 32% entre os de 10 a 14 anos. No mesmo período, 68,8% dos atendimentos gerais dos CAPSi foram para crianças e adolescentes do sexo masculino. Sinaliza a importância da integração da rede especializada com a atenção básica e da articulação intersetorial no território/comunidade. |
Âmbito/Local: Nacional, Brasil. |
Sujeitos/Objeto: Crianças e adolescentes de ambos os sexos com demandas de saúde mental, atendidos em Centro de Atenção Psicossocial - Infância e adolescência (CAPSi), estes pesquisados sobre distribuição nacional e perfil nosológico de atendimentos. |
Técnicas/Instrumentos: Consulta a dados de dois sistemas nacionais de informação de saúde: Autorizações de Pagamento de Serviços de Alta Complexidade (APAC) e Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). |
II. Prevalence of Behavior Problems and Associated Factors in Preschool Children from the City of Salvador, State of Bahia, Brazil (SANTOS et al, 2016SANTOS, L. M.; QUEIRÓS, F. C.; BARRETO, M. L., SANTOS, D. N. Prevalence of Behavior Problems and Associated Factors in Preschool Children from the City of Salvador, State of Bahia, Brazil. Rev Bras Psiquiatr, v.38, n.1, p.46-52, 2016.). |
Tipo: Transversal de prevalência (quantit.) - observa e descreve a relação fator-efeito para casos existentes de dada condição de saúde em um grupo populacional e em um recorte de tempo específico. |
Indica-se a prevalência global de 23,5% para problemas comportamentais; prevalência de 25,2% para comportamentos externalizantes e de 9,7% para comportamentos internalizantes. A saúde mental materna é apresentada como um importante fator de risco para problemas comportamentais nas crianças, com destaque para as seguintes variáveis: transtorno de ansiedade, transtorno afetivo e transtornos relacionados ao uso de substâncias psicoativas. Observa que a saúde mental materna é um importante fator de risco para problemas de comportamento em crianças em idade pré-escolar. |
Âmbito/Local: Nacional, município de Salvador, estado da Bahia. |
Sujeitos/Objeto: Crianças em idade pré-escolar pesquisadas sobre a prevalência de problemas de comportamento e fatores associados. |
Técnicas/Instrumentos: Aplicação de questionário sociodemográfico e do instrumento CBCL da bateria ASEBA (pais/cuidadores) para medir a frequência de problemas de comportamento nas crianças |
III. Desigualdades Socioeconômicas e Saúde Mental Infantil (ASSIS, AVANCI, OLIVEIRA, 2009ASSIS, S. G.; AVANCI, J. Q.; OLIVEIRA, R. V. C. Desigualdades Socioeconômicas e Saúde Mental Infantil. Rev Saude Publica, v.43, sup.1, p.92-100, 2009.). |
Tipo: Transversal de prevalência (quantitat.) - idem do anterior. |
Crianças cujas famílias são monoparentais ou com a presença de padrasto/madrasta, com baixa escolaridade dos pais, em situação de extrema pobreza e com a cor de pele preta apresentaram mais problemas de comportamento e frágil competência social. Quanto mais desses fatores de risco estão presentes, mais cresce a prevalência das crianças com problemas de comportamento e competência social. Aponta a importância de políticas públicas e ações de prevenção e assistência. |
Âmbito/Local: Nacional, município de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro. |
Sujeitos/objeto: Crianças estudantes da primeira série do ensino fundamental na rede pública de educação pesquisadas sobre a relação entre problemas de comportamento e desigualdades socioeconômicas. |
Técnicas/Instrumentos: Aplicação de questionário sociodemográfico e do instrumento CBCL da bateria ASEBA (pais/cuidadores) para medir a frequência de problemas de comportamento nas crianças. |
IV. Amamentação e comportamentos externalizantes na infância e adolescência em uma coorte de nascimentos (POTON et al, 2017POTON, W. L.; SOARES, A. L. G.; MENEZES, A. M. B.; WEHRMEISTER, F. C.; GONÇALVES, H. Amamentação e comportamentos externalizantes na infância e adolescência em uma coorte de nascimentos. Rev Bras Psiquiatr, v.41, e142, 2017.). |
Tipo: Longitudinal prospectivo ou de coorte (quantit.) - acompanha um grupo populacional durante um longo período e descreve a relação entre a exposição a fator(es) e seu(s) efeito(s). |
As crianças que foram amamentadas por pelo menos 6 meses tiveram menor risco de hiperatividade aos 11 anos em comparação às amamentadas por menos de 1 mês. Porém, aos 4 e 15 anos, os comportamentos externalizantes avaliados não apareceram associados ao tempo de amamentação. Recomenda novos estudos longitudinais considerando outros fatores que possam influenciar sobre comportamentos externalizantes, como presença do pai no ambiente familiar, violência doméstica, qualidade da relação mãe-filho e maus-tratos. |
Âmbito/Local: Nacional, município de Pelotas, estado do Rio Grande do Sul. |
Sujeitos/Objeto: Sujeitos em desenvolvimento, pesquisados sobre a relação entre tempo de amamentação e ocorrência de comportamentos externalizantes na infância e adolescência. |
Técnicas/Instrumentos: Levantamento de dados da Coorte de Nascimentos de Pelotas (1993) com informações sociofamiliares no perinatal e no desenvolvimento dos sujeitos. Aplicação dos instrumentos para pais/cuidadores CBCL/ASEBA, aos 4 anos, e Strengths and Difficulties Questionnaire (SDQ), aos 11 e 15 anos, para medir a frequência de problemas de comportamento. |
V. Childhood behaviour problems predict crime and violence in late adolescence: Brazilian and British birth cohort studies (MURRAY et al, 2015MURRAY, J.; MENEZES, A. M. B.; HICKMAN, M.; MAUGHAN, B.; GALLO, E. A. G.; MATIJASEVICH, A.; GONÇALVES, H.; ANSELMI, L.; ASSUNÇÃO, M. C. F.; BARROS, F. C.; VICTORA, C. G. Childhood behaviour problems predict crime and violence in late adolescence: Brazilian and British birth cohort studies. Soc Psychiatry Epidemiol, v.50, p.579-589, 2015.). |
Tipo: Longitudinal prospectivo ou de coorte (quantit.) - idem do anterior. |
A relação de problemas comportamentais na infância com crimes violentos na juventude foi mais prevalente no Brasil e, com crimes não-violentos, foram mais prevalentes na Inglaterra. As taxas de prevalência foram maiores para o sexo masculino. Problemas de comportamento e hiperatividade previram crimes não-violentos e violentos de modo semelhante nos dois países, com efeitos parcialmente explicados por fatores ambientais e de saúde perinatal. Sugere programas de prevenção à criminalidade e violência com alvo nos comportamentos infantis e riscos associados, tanto em países de baixa renda como de alta renda. |
Âmbito/Local: Internacional - Brasil e Inglaterra. |
Sujeitos/Objeto: Sujeitos em desenvolvimento pesquisados sobre a relação entre fatores ambientais, problemas de comportamento na infância e criminalidade na juventude. |
Técnicas/Instrumentos: Comparação dedados entre os estudos de coorte de nascimentos de Pelotas-RS, Brasil (1993) e de Avon, Inglaterra (1991), considerando fatores sociofamiliares no perinatal e no desenvolvimento dos sujeitos, incluindo crimes parentais. Aplicação do instrumento SDQ (pais/cuidadores) para medir a frequência de problemas de comportamento, aos 11 anos. Realização de entrevista de autorrelato, com vistas a crimes, aos 18 anos. |