Resumo
Este artigo propõe a combinação de performance e autoetnografia como métodos alternativos para utilizar partituras musicais referentes à viola (de cinco ordens de cordas duplas) e ao violão (de seis ordens de cordas simples) em etnomusicologia histórica. O autor executa e grava sonoramente o mesmo conjunto de canções na viola e no violão e, baseado-se na multidimensionalidade da interação instrumentista/instrumento, escreve uma autoetnografia diferenciando suas experiências em tocar ambos cordofones. Tal abordagem esforça-se para superar a dualidade corpo/mente em investigação musical acadêmica, valorizando o conhecimento vivenciado no corpo como epistemologia complementar ao conjunto de conhecimentos históricos sobre os referidos instrumentos musicais. Ademais, inclui-se o ponto de vista profissional do virtuoso violeiro Ivan Vilela que, entrevistado pelo autor, aponta diferenças ergonômicas e técnicas entre esses cordofones.
Palavras-chave:
viola e violão; conhecimento musical vivenciado no corpo; autoetnografia; etnomusicologia histórica; Ivan Vilela