Dinamismo de objetos musicais ameríndios: notas a partir de cantos <i>yãmĩy</i> entre os maxakali (<i>tikmũ'ũn</i>)

Rosse, Eduardo Pires

doi:10.1590/permusi2015b3202

Eduardo Pires Rosse

Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. rexnfoid@yahoo.com.br

Eduardo Pires Rosse é Doutor em Etnologia pela Universidade Paris Ouest e atualmente pós-doutorando (PNPD-Capes) na Escola de Música da UFMG, onde desenvolve pesquisa em torno de produções estéticas ameríndias, notadamente da produção musical yãmĩy entre os tikmũ'ũn/maxakali - Minas Gerais. Em companhia de Glaura Lucas, co-lidera o Grupo de Etnomusicologia da EM-UFMG.

Figuras (28)
Tabelas (9)

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Figura 1:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 1.

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Figura 2:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 2.

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Figura 3:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 3.

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Figura 4:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 4.

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Figura 5:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 5.

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Figura 6:
Excerto Kõmãyxop Preta, cantos 5 e 6 comparados.

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Figura 7:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 7.

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Figura 8:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 8.

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Figura 9:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 9.

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Figura 10:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 10.

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Figura 11:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 11.

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Figura 12:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 12.

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Figura 13:
Excerto Kõmãyxop Preta, modulação gradativa entre três suítes.

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Figura 14:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 14.

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Figura 15:
Excerto Kõmãyxop Preta, canto 16.

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Figura 16:
Excerto Kõmãyxop Preta, cantos representativos de quatro suites. Em 46, o termo "kõnãy", homônimo ao vocativo deixado deliberadamente sem tradução ("kõmãy" em maxakali corrente), equivale a "água" - "kõnãg" em maxakali corrente -, cuja imagem se desdobra em "rio" e "margem".

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Figura 17:
Excerto Kõmãyxop Preta, modulação gradativa entre nove suites.

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Figura 27:
Excerto Kõmãyxop Vermelha, canto 1.

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Figura 28:
Excerto Kõmãyxop Vermelha, canto 2.

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Figura 29:
Excerto Kõmãyxop Vermelha, canto 3.

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Figura 30:
Excerto Kõmãyxop Vermelha, canto 4.

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Figura 31:
Excerto Kõmãyxop Vermelha, canto 5.

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Figura 32:
Excerto Kõmãyxop Vermelha, canto 5, estrutura dos versos.

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Figura 33:
Excerto Kõmãyxop Vermelha, canto 60, estrutura dos versos.

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Figura 34:
Excerto Kõmãyxop Vermelha, canto 112.

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Figura 35:
Excerto Kõmãyxop Vermelha, canto 164.

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Figura 36:
Excerto Kõmãyxop Vermelha, canto 214.

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Figura 37:
Excerto Kõmãyxop Vermelha, canto 378.

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Figura 18
Excerto Kõmãyxop Preta, pontos de contato entre vizinhos indiretos.

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Figura 19
Excerto Kõmãyxop Preta, pontos de contato entre vizinhos indiretos.

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Figura 20
Excerto Kõmãyxop Preta, pontos de contato entre vizinhos indiretos.

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Figura 21
Excerto Kõmãyxop Preta, pontos de contato entre vizinhos indiretos.

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Figura 22
Excerto Kõmãyxop Preta, pontos de contato entre vizinhos indiretos.

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Figura 23
Excerto Kõmãyxop Preta, pontos de contato entre vizinhos indiretos.

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Figura 24
Excerto Kõmãyxop Preta, pontos de contato entre vizinhos indiretos.

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Figura 25
Excerto Kõmãyxop Preta, pontos de contato entre vizinhos indiretos.

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Figura 26
Excerto Kõmãyxop Preta, pontos de contato entre vizinhos indiretos.

56	40	67
aquele araçari-banana numa revoada de araçaris vai triste	azulão virou [a cabeça de lado] numa revoada vai azul, fica deitado	um pica-pau no meio da pequena revoada me viu virou-se e veio ao encontro do meu suco de mel eu te servi agarrado na árvore

4	15	30
sucuri grande se enrolou a boca de sua mulher suspirando, gritando no chão	se ele quiser cantar [lit. "se a boca dele quiser cantar"] dá [comida] pros filhos, dá	araponga bico preto fica deitada pensando

31	20
japu céu da boca preto virou [a cabeça de lado] fica deitado pensando	aquele urubu pequeno vai voando lá no alto

8	13	33
vai subindo, rosto vermelho e se senta na chegada	se quiser cantar pinta de urucum pinta o rosto de vermelho, se arruma e vem	bicudo-encarnado céu da boca vermelho céu da boca vermelho deitado

67	52	64	46	40
folha brava por dentro do bico todo bem azul	araçari-banana está triste	planta vai verde, sobre o chão	azulinho saltando pra outra margem vai azul, fica deitado	azulão virou [a cabeça de lado] numa revoada vai azul, fica deitado

47	25	6
passarinho meu priminho saltando pra outra margem	os xamoka *[yãmĩycachoeira]*	lá vai kõmãy com urucum
vai meu primo, fica deitado	tentam passar sobre meus braços [mas] ficam cercados	no corpo todo, vem direto [trazendo água]

18	53
aqueles xupapox[yãmĩy lontra] meu amor chorou lá dentro	pássaro chorou está triste

44	3
guaxe virou [a cabeça de lado] numa revoada fica deitado pensando	um papa-mel no meio do pequeno bando me viu virou-se e veio ao encontro do meu suco de mel vai gritando agarrado na árvore

4	28	65
sucuri grande se enrolou a boca de sua mulher suspirando, gritando no chão	azulão virou [a cabeça de lado] vai azul, fica deitado	casca de pau, casca de pau vai com seu cheiro forte sobre o chão

[1] Eduardo Pires Rosse é Doutor em Etnologia pela Universidade Paris Ouest e atualmente pós-doutorando (PNPD-Capes) na Escola de Música da UFMG, onde desenvolve pesquisa em torno de produções estéticas ameríndias, notadamente da produção musical yãmĩy entre os tikmũ'ũn/maxakali - Minas Gerais. Em companhia de Glaura Lucas, co-lidera o Grupo de Etnomusicologia da EM-UFMG.

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Dinamismo de objetos musicais ameríndios: notas a partir de cantos yãmĩy entre os maxakali (tikmũ'ũn)

On the dynamism of Amerindian musical objects: notes from yãmĩy chants among the Brazilian maxakali (tikmũ'ũn)

Resumo: