O objetivo deste estudo foi avaliar os dados padronizados de velocidade de condução para o nervo facial não lesado e o nervo facial reparado com enxerto autógeno e com materiais sintéticos. Na avaliação foram medidas as diferenças pré-operatórias de velocidade de condução do nervo facial em cada lado e verificada a existência de uma correlação positiva entre a velocidade de condução do nervo facial e o número de axônios regenerados no pós-operatório. O potencial de ação motora bilateral do nervo facial de 17 coelhos foi registrado no pré e no pós-operatório. Os eletrodos superficiais de estimulação foram colocados no pavilhão auricular (tronco do nervo facial) e os eletrodos superficiais de gravação foram colocados no músculo quadratus labii inferior. Os nervos faciais foram isolados, transeccionados e separados a 10 mm. O espaço entre os dois cotos nervosos terminais foi reparado com enxertos nervosos autólogos e PTFE-e (politetrafluoretileno) ou tubos de colágeno. A média da máxima velocidade de condução do nervo facial foi 41,10 m/s. Nenhuma condução nervosa foi observada no grupo avaliado após 15 dias. A velocidade de condução média nos subgrupos avaliados para o período de 2 e 4 meses foi de aproximadamente 50% do valor normal. A avaliação funcional não invasiva com eletrodos de superfície pode ser útil para a estimulação e registro do potencial de ação muscular e para medir o estado funcional do nervo facial.
Regeneração nervosa; Eletrofisiologia; Condução nervosa