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Editorial

EDITORIAL

Não há como subestimar o momento pelo qual passa a pesquisa odontológica brasileira. Trata-se de um marco que tem como justificativa todo um projeto desenvolvido por coordenadores de programas nos mais variados níveis e que possibilitou a alteração do panorama, o qual apresenta crescimento significativo em todos os segmentos. Deve-se salientar que o incremento e a qualificação da produção intelectual apóiam-se no aumento do número de escolas, alunos, professores pesquisadores e no maior número de oportunidades para formação de orientadores conscientes da necessidade de pesquisar.

Apesar dos “preconceitos científicos” ainda presentes, nossa pesquisa apresenta originalidade e qualidade que atingem destaque em escala internacional em algumas áreas de excelência. Por outro lado, ainda estamos distantes de um padrão nacional que deverá ser conduzido por aqueles que possuam a humildade para sempre aprender aliada à pretensão para produzir algo novo e original.

Faz-se necessária a adequação dos objetivos e compromissos em todos os campos de atuação, apresentando para a sociedade, de modo definitivo, a importância da nossa função e desempenho no campo humano, social e científico.

A missão de pesquisar, produzir conhecimento, torná-lo acessível, ensinar em todas as categorias e selecionar discípulos que possam dar continuidade ao desenvolvimento das linhas de pesquisa requer extrema dedicação. Estabelecer uma relação com a Universidade de modo a adequar-se à sua dinâmica e velocidade requer tempo e criatividade.

Estamos diante de uma pós-graduação de qualidade que demonstra maturidade pelo exercício de anos, permeado por acertos e erros e que exige obrigatoriamente o posicionamento do aluno rumo à sua realidade, orientando-o a encontrar seus próprios caminhos, pela execução de experimentos qualificados que expressem ou favoreçam a análise crítica de problemas de ação social em sua coletividade. Talvez o grande diferencial seja que uma parcela significativa da pesquisa deva ter relevância social e atuação no aprimoramento da qualidade de vida da população.

Assumir essa postura não significa alienar-se da trajetória das transformações mundiais, porém ajustá-la, sem perder a importante relação entre a produção ordenada da ciência, seu destino e benefícios.

José Luiz Lage-Marques

Presidente da Sociedade Brasileira de

Pesquisa Odontológica

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    12 Jan 2001
  • Data do Fascículo
    Dez 2000
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