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Sedação com midazolam e hidroxizina por via oral em Odontopediatria: ensaio clínico randomizado, controlado e cruzado

Há controvérsias quanto aos benefícios do midazolam na sedação de crianças durante a atenção odontológica. Conduziu-se um ensaio clínico controlado, cruzado e duplo-cego para comparar o efeito sedativo em Odontopediatria da administração oral do midazolam, associado ou não à hidroxizina. Trinta e sete sessões foram realizadas em 11 crianças menores de cinco anos, ASA I. Em cada atendimento, os pacientes receberam aleatoriamente o medicamento conforme os grupos: P - placebo, M - midazolam (1,0 mg/kg); MH - midazolam (0,75 mg/kg) associado à hidroxizina (2,0 mg/kg). Os sinais vitais (pressão arterial, freqüência respiratória, pulso e saturação de oxigênio) e os parâmetros comportamentais (consciência, choro, movimento, comportamento geral) foram avaliados a cada 15 minutos. As comparações entre grupos e entre momentos de atendimento num mesmo grupo foram estabelecidas estatisticamente através dos testes Friedman e Wilcoxon. Os grupos P, M e MH não diferiram quanto aos sinais vitais, os quais se mantiveram dentro de valores aceitáveis. A freqüência cardíaca aumentou nos grupos P e M com o transcorrer da sessão. O grupo M esteve associado a menos choro e movimento nos primeiros 15 minutos de tratamento. O grupo MH apresentou mais sonolência no início da sessão. O comportamento geral foi melhor em M do que em P e MH. M produziu sedação efetiva em 77% dos casos, e MH em 30,8%. Concluiu-se que o midazolam foi efetivo e seguro, e que sua associação à hidroxizina não repercutiu em vantagens adicionais na sedação odontopediátrica.

Sedação consciente; Hidroxizina; Odontopediatria


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