Resumo
Este artigo analisa o documento Pátria Educadora: A qualificação do Ensino Básico como obra de construção nacional, em circulação desde abril de 2015 em sua versão preliminar. Para isso, utilizam-se conceitos-ferramentas de Michel Foucault, tais como discurso e governamentalidade, e olha-se para as ações propostas pelo documento para o ensino público, as quais se afinam com princípios neoliberais que regulam várias áreas, dentre elas, o campo educacional. Destacam-se a presença da Teoria do Capital Humano e a lógica do mercado incidindo sobre alunos, professores e instituições, colocando todos num jogo permanente de concorrência. Além disso, percebe-se um discurso que desqualifica professores e instituições e apresenta esse documento como capaz de salvar a educação brasileira.
Palavras-chave
políticas educacionais; ensino público; neoliberalismo; Michel Foucault