Resumo
Neste trabalho, analisamos a produção e a formação audiovisual de povos e nacionalidades de Abya Yala. A partir de tendências pós-coloniais, dos estudos de cinema e de perspectivas de intelectuais e cosmologias indígenas, conjecturamos que, ao constituírem-se como espaços da experiência, os processos criativos e formativos constituem comunidades de cinema como comunidades de formação (política, étnica, histórica). Com base na experiência das escolas de comunicação e de cinema dos próprios territórios, constatamos que a cena fílmica se amplia como cena histórica, pluriepistêmica e contracolonial, abrem-se espaços para a emergência de sujeitos (emancipados, críticos, reflexivos) e o enraizamento das questões comunitárias nas perspectivas fílmicas, com os processos de produção e formação como mediação de saberes e conhecimentos ancestrais.
Palavras-chave
Colonialidade do ver; Cinemas indígenas; Comunidades de cinema; Comunidades de formação; Abya Yala