Resumo
Com o reconhecimento da Libras, a partir da publicação da Lei n.º10.436/2002 e do Decreto n.º 5.626/2005, essa passou a se constituir como disciplina curricular obrigatória em todos os cursos de licenciatura das instituições de ensino do Brasil. Este artigo, portanto, pretende responder à seguinte pergunta: a disciplina de Libras, presente na grade curricular dos cursos de licenciatura em Química e Ciência Biológicas, aborda ou proporciona discussões voltadas à formação de professores na perspectiva da educação inclusiva? Para isso, o objetivo desta pesquisa é analisar, segundo a visão de professores de Libras e estudantes dos cursos de licenciatura em Química e Biologia, os conteúdos abordados e discutidos durante a formação dos licenciandos. Os dados foram coletados a partir de análise documental, entrevistas com esses sujeitos e analisados, segundo a análise categorial de conteúdo proposta por Bardin (2016). Os resultados evidenciaram algumas discrepâncias em relação aos conteúdos atribuídos nas ementas, à opinião dos professores e ao que foi aprendido pelos estudantes. Isso pode estar relacionado à falta de informações mais detalhadas sobre o papel e o objetivo dessa disciplina nos cursos de formação docente, que não são contemplados no Decreto, permitindo que cada IES defina, como ela será ofertada.
Palavras-chave
Disciplina de Libras; Formação de professores; Ensino de Ciências Biológicas e Química