Resumos
Pesquisas realizadas há mais de quarenta anos nas creches francesas permitem mapear, por meio das mudanças surgidas com as transformações da sociedade ou da instituição, de que forma pode advir o desejo das crianças pequenas. Mediante a produção de espaços-tempos e agenciamentos pode, então, ocorrer o que Félix Guattari denomina grupo-sujeito e, com Gilles Deleuze, agenciamentos coletivos de enunciação que, como sugerimos, constroem uma memória comum que anula o tempo, sempre pronta a se refazer.
Creches; agenciamentos coletivos de enunciação; desejo; grupo-sujeito
Forty years researching daycare in France have led to mapping, through changes in society or in the institution, how small children's desire occurs. Through agency and the production of space-times, subject-groups, as defined by Felix Guattari, can occur, as well as collective enunciation, according to Giles Deleuze, could be put into practice, building a common memory that neutralizes time, and is always ready to reappear.
Daycare; collective assemblages of enunciation; desire; subject-group
DOSSIÊ: BEBÊS E CRIANÇAS BEM PEQUENAS EM CONTEXTOS COLETIVOS DE EDUCAÇÃO
Como aceder ao desejo das crianças pequenas e como sustentá-lo?
How to access small children's desire and how to sustain it
Liane Mozère
Universidade Paul Verlaine, Metz, França. Socióloga e economista, PhD, Professora emérita
RESUMO
Pesquisas realizadas há mais de quarenta anos nas creches francesas permitem mapear, por meio das mudanças surgidas com as transformações da sociedade ou da instituição, de que forma pode advir o desejo das crianças pequenas. Mediante a produção de espaços-tempos e agenciamentos pode, então, ocorrer o que Félix Guattari denomina grupo-sujeito e, com Gilles Deleuze, agenciamentos coletivos de enunciação que, como sugerimos, constroem uma memória comum que anula o tempo, sempre pronta a se refazer.
Palavras-chave: Creches; agenciamentos coletivos de enunciação; desejo; grupo-sujeito.
ABSTRACT
Forty years researching daycare in France have led to mapping, through changes in society or in the institution, how small children's desire occurs. Through agency and the production of space-times, subject-groups, as defined by Felix Guattari, can occur, as well as collective enunciation, according to Giles Deleuze, could be put into practice, building a common memory that neutralizes time, and is always ready to reappear.
Keywords: Daycare; collective assemblages of enunciation; desire; subject-group.
Como mapear, a partir das conceitualizações de Gilles Deleuze e Félix Guattari, a forma como se desdobram as micropolíticas? Não sendo filósofa, vou fundamentar-me numa pesquisa sociológica de campo que venho conduzindo há vários anos, mas que, ultimamente, venho centrando numa pergunta: como aceder ao desejo das crianças pequenas (0 a 6 anos) e como abrir espaços-tempos que favoreçam sua expressão, seu desdobramento numa proliferação rizomática
Marcos históricos
A primeira creche foi fundada em Paris em 1847 por Firmin Marbeau, um filantropo, que criou a Œuvre nouvelle
Tal organização higienista veio naturalmente acompanhada de uma estrutura hierárquica piramidal rígida, dominada pelos médicos, em que o diálogo se reduzia a ordens às funcionárias e recomendações aos pais. Um autêntico dispositivo de saber e poder, tal como descrito por Foucault (1975). Uma vez transposto o milagroso limiar, a criança era banhada, coberta de talco e vaselina, prontamente envolta em fraldas e vestida com uma camisola. Imaculadamente branco, aquele era o mundo do silêncio, das mulheres submissas, das crianças apartadas umas das outras por cortinas brancas desde a mais tenra idade e, quando mais velhas, confinadas num imenso cercado, legítima arena de disputas, por não haver brinquedos em quantidade suficiente. Alguns psicólogos, a partir do final dos anos cinquenta, iriam se inquietar com a apatia e a falta de estimulação das crianças e que se conversasse com elas, se organizassem brincadeiras, se cantassem cantigas. Algumas auxiliares de puericultura
O que se passa?
Vemos operar aquilo que Deleuze e Guattari denominam "segmentos duros", que funcionam em modo de oposições biunívocas:
O interior / o exterior sujo, além de perigoso, O sábio (médico) / o leigo representado pelas "virtudes" "naturais" das funcionárias; A creche enquanto instituição / seu papel injuntivo (Chevallier, 1972)
O corpo da criança era então considerado e tratado apenas como um organismo e seu desenvolvimento era previsível (Piaget, 1985; Freud, 1999; Lacan, 1980). Convém, aliás, acrescentar que o corpo das auxiliares de puericultura era igualmente reificado: também eram corpos forçados a efetuar os gestos apropriados, as posturas corporais adequadas, a fim de disciplinar as crianças (a colher virada na boca, o guardanapo debaixo do prato). O sistema de estratificação punha ênfase num organismo unificado e em cuidados padronizados e idênticos para todas as crianças da mesma idade, no mesmo momento. Esse organismo unificado não podia romper-se, desviar-se. Todos os órgãos se achavam em seu devido lugar, sem dedos no nariz, sem mãos dentro das calças. Esse sistema se encontrava embedded (embutido) em vários subsistemas de segmentação dura: autoridades locais, nacionais, organizações profissionais e segmentações sociais (as creches eram, obviamente, destinadas aos "pobres").
Tal dispositivo gerou, no entanto, e como que à revelia, subconjuntos laterais em que outros roteiros podiam ser seguidos, que o sistema molar (segmentação dura) não lograva reprimir totalmente: a aliança entre uma cozinheira e uma auxiliar, momentos de vacuidade e silêncio repentinamente rompidos por um riso que contagiava adultos e crianças. Essas "pequenas invenções", para usar um termo de Gabriel Tarde, só eram possíveis desde que, por outro lado, e de modo não contraditório, coexistissem com o dispositivo, sem que se acionasse o sistema de alarme da máquina molar. Uma espécie de clandestinidade maquínica adjacente aos mecanismos institucionais pesados. Existiria, assim, uma rigorosa oposição entre molar e molecular, ou seja, entre dois tipos de segmentaridade? Afirmam Deleuze e Guattari (1980, p. 259-260):
Não basta, porém, opor duas segmentaridades, uma flexível e primitiva, e outra moderna e endurecida. Pois as duas, embora bem distintas, são inseparáveis, emaranhadas uma na outra, uma dentro da outra... Toda sociedade, e também todo indivíduo, são simultaneamente penetrados por essas duas segmentaridades. [...]Tudo é político, mas toda política é, a um só tempo, macro e micropolítica.
Os centros de poder não conseguem manter um controle absoluto sobre o sistema. Citando Tarde (1999): "Em que momento os camponeses de tal região deixaram de saudar os ricos proprietários?". Esses microeventos têm origem sempre que alguém desenvolve uma ideia ou inventa um objeto, e é imitado por outro alguém. Pela propagação dessa ideia ou desse objeto, argumenta Tarde, é que ocorrem as mudanças. Em outras palavras, um detalhe minúsculo começa a crescer. "A imitação é a propagação de um fluxo; a oposição é a binarização dos fluxos; a invenção é uma combinação, ou conexão, de fluxos diversos. [...] E o que é um fluxo, para Tarde? É crença ou desejo (os dois aspectos de todo agenciamento)" (Deleuze; Guattari, 1980, p. 267). Tarde (1999), que, em vão, se opôs ao positivismo de Durkheim, insiste:
Do himeneu do monótono com o homogêneo, o que poderá nascer senão o tédio? Se tudo advém, se tudo visa e tudo vai para a identidade, qual é a fonte deste rio de variedades que nos ofusca? O certo é que o fundo das coisas não é tão apagado, tão desbotado como se supõe
Maio de 1968
Qual o primeiro estudante que, no dia 3 de maio, começou a erigir uma minibarricada no boulevard Saint Michel, gritando "Liberdade para os nossos colegas"? Eu vinha passando por ali, saindo de um curso que estava dando na Faculdade de Direito, e vi outros jovens se juntarem em resposta àquele primeiro gesto (no sentido de uma canção de gesta), reforçando a barricada. Fui imediatamente juntar-me a eles, embora fosse dez anos mais velha. As forças policiais lançaram granadas de gás lacrimogêneo, e voltei para casa dizendo "Algo está se passando"
E nas creches?
Quanto às creches, vou agora tentar mapear de que forma se deram, se desenharam, esses emaranhados molares e moleculares; analisar se Maio de 68 teve um impacto significativo no modo como as crianças pequenas passaram a ser vistas e tratadas a partir de então. Maio de 68 foi um momento mágico, em que todos e todas podiam aceder àquilo que Hirschman (1995) chama de "voice", e os anglo-saxões, de agency ou poder de agir, por meio da pergunta spinozista: o que pode um corpo? O mais importante talvez fosse que mais ninguém, além de mim, poderia falar "em meu nome". Creche da Sorbonne: o que fazer com os filhos, enquanto os pais manifestavam? Uma professora primária, Françoise Lenoble Prédines, aparece na Sorbonne, onde algumas estudantes tinham organizado uma creche selvagem
Nas creches tradicionais, em que o único registro de linguagem era, até então, a injunção e o assentimento, a "libertação da palavra" foi difícil e demorada. Diz Sylvaine, por exemplo, uma auxiliar de puericultura: "Levei anos para conseguir conversar 'normalmente' com a sra. Kolos.". Com um dos grupos do CERFI
O que é um grupo-sujeito?
Abriram-se, portanto, na creche, espaços-tempos em que se podiam atualizar virtualidades impensáveis, inesperadas, totalmente improváveis: pais e profissionais se encontravam fora da creche; organizavam-se piqueniques, fluxos de afetos, mas também de amor. Claude e Dominique viveram, juntas, uma história de amor propriamente impensável. Parecia ser Paradise now
No entanto, como vimos acima, Deleuze e Guattari não cessam de apontar para o extremo emaranhamento dos dispositivos molares e dos movimentos moleculares. As linhas de fuga não teriam nenhum efeito, se não repassassem pelas organizações molares, retrabalhando seus segmentos, suas distribuições binárias em relação aos sexos, às classes, aos partidos políticos e aos sindicatos. Essas organizações molares foram paulatinamente exercendo uma influência mais e mais perceptível, uma vez que toda linha de fuga traz consigo alguns perigos. Mapear esses perigos está no cerne do que Deleuze e Guattari (1980, p. 277) chamam de "objeto da pragmática ou da esquizoanálise", em que não se trata de interpretar ou representar, "mas tão somente de desenhar mapas e traçar linhas". O perigo maior é o medo.
Temos, o tempo todo, medo de perder. A segurança da grande organização molar que nos sustenta, as arborescências a que nos agarramos, as máquinas binárias que nos fornecem um estatuto bem definido, as ressonâncias em que entramos, o sistema de supercodificação que nos domina: nós queremos tudo isso... Fugimos diante da fuga, endurecemos nossos segmentos, entregamo-nos à lógica binária. (Deleuze; Guattari, 1980, p. 277)
Também na creche o enquistamento assume a forma do medo; estaria o grupo voltando a ser sujeitado? Oposições binárias são reinjetadas: os pais não são intercambiáveis com as profissionais, o externo deve ser contido em limites, as duas mulheres apaixonadas são excluídas e, sorrateiramente, isoladas dos demais. As portas, antes abertas, a fim de facilitar passeios, excursões e até deambulações solitárias, fechavam-se de repente inicialmente, a pretexto de que as crianças estavam ficando ansiosas, com tantos caminhos percorridos, caminhos indecifráveis traçados na imanência de uma situação contextualizada, situada, diriam as feministas. Auxiliares passavam a criticar o que, de repente, soava como negligência, desleixo. Babette: "Afinal, tínhamos criado nossos próprios filhos do jeito como era antes". O medo subjacente sendo, obviamente: "Será que agimos errado com nossos filhos?". Reterritorializações, fixações, obrigações contaminavam o espaço, momentaneamente liso, da creche. Faziam-se muitas reuniões, discussões improvisadas, às pressas, acordos arranjados.
Mas o grupo, apesar das barreiras, das portas que se fechavam sub-repticiamente, permanecia um grupo-sujeito. Ele "viajava", visitando outras creches, relatando sua experiência de turmas de idades mistas, sem omitir as dificuldades enfrentadas pelo caminho, filmando e permanecendo aberto para o externo. As crianças do pré-primário visitavam as do maternal para lhes mostrar o universo que seria o seu. Mas a organização molar se apoderou dessa vida, infestou-a, contaminou-a, de certa forma, por meio de mudanças que afetavam o contexto local (a médica-chefe se aposentou, novas disposições regulamentares surgiram, o CERFI investiu em outras áreas de pesquisa), nacional (novas diretrizes) e internacional (crise do petróleo). Dez anos depois, deparamos com todos os segmentos duros que tinham sido momentaneamente flexibilizados e transformados (meu território, minhas raízes): novas barreiras foram erguidas, as designações se fizeram mais rígidas na repartição dos funcionários. Essa creche fossilizou-se, de certa forma; tornou-se, inclusive, um grupo sujeitado à imagem que tinham dela as demais creches do departamento
Insubmersível, porém, flui o desejo...
Ora, toda experimentação é singular, não reprodutível, cada nova experimentação tem seus próprios caminhos a serem seguidos, seus próprios percursos, que ela traça em meio à imanência, conforme o que mexe com o desejo de todos os envolvidos. Ora, eis que a máquina molar se apossou do modelo: todas as creches foram intimadas a praticar a mistura de idades nas turmas, tal como experimentada, num longo processo de maturação, em Aubervilliers o que equivale a negligenciar o que Félix Guattari chama de trabalho institucional, com sua dimensão inconsciente e micropolítica; ou, em outras palavras, a desconhecer o caráter processual e singular de toda micropolítica. Ao invés, assistimos a "(uma) interiorização dos valores capitalísticos".
Há trinta anos, quando iniciamos o trabalho na clínica de La Borde (num contexto de estrutura tradicional em suas relações com os poderes de Estado, com a Seguridade Social), vivenciamos, não raro com paixão e entusiasmo, microprocessos de transformações. Nesse contexto, La Borde empreendeu diversas pequenas mudanças que lograram certo grau de eficácia no sentido de transformar as relações entre técnicos e pacientes, e entre os próprios técnicos... Este processo, porém, não conseguiu abrir uma brecha no paredão do Estado: ricocheteou. (Guattari, 2011, p. 67).
As transformações foram, porém, consideráveis: rodízio de tarefas, grupos de análise reunindo "profissionais" e leigos os camponeses do Loir et Cher. "O puxador da porta", diz Oury
Trinta anos depois, Irène Jonas e eu conduzimos uma pesquisa-ação nesse mesmo departamento, em que grupos reflexivos congregavam auxiliares voluntárias em reuniões mensais por um período de dois anos. Estivemos com 80 auxiliares. E esses grupos funcionaram um pouco ao modo dos grupos de conscientização iniciados pelas feministas americanas. Nesse grupo, em que todas as intervenções dos participantes eram anonimizadas, gravadas, depois decodificadas; em que não se impunha qualquer posição hierárquica, uma vez que era exclusivamente composto por auxiliares, observamos uma prodigiosa falta de reconhecimento por seu trabalho e engajamento.
Mas o mais impressionante era, por outro lado, a manifestação de uma "inteligência comum" que, de certa forma, sobrevivera aos anos setenta, inclusive entre as auxiliares mais jovens que não os tinham vivido. Através dos relatos (o que as americanas chamaram de "narrativas") podiam-se ouvir, ou mesmo ver, literalmente, incríveis criações improvisadas, produzidas por essas mulheres atentas ao desejo das crianças e, portanto, ao seu próprio desejo. Apresentamos, então, uma hipótese: não poderíamos dizer que algo vivo e singular flui por baixo das recuperações molares; das serializações denunciadas por Sartre; dos enquistamentos algo da ordem de uma memória comum, um meio em que se cristalizam os processos moleculares? Um rastro, de certa forma, de grupos-sujeitos ocorridos no passado? E não se atualiza essa memória comum, no ponto em que, tanto as antigas conhecidas em 1970 , como as mais recentes, podiam apreender pelo centro
Para melhor compreender, voltemos um pouco no tempo. Anos depois de minha primeira pesquisa, em 1971, na creche de Pont Blanc, descobri que tinha havido uma crise gravíssima, de que eu não tivera conhecimento, embora a visitasse praticamente todo dia. Trata-se da "crise da surra". Uma educadora infantil, Bernadette, que tinha vivido em Israel e depois fugido para a Jordânia junto com os refugiados palestinos, trabalhara em jardins de infância obviamente distantes dos padrões então em vigor na Europa. Ao chegar a essa creche, ficara perturbada com a rigidez do funcionamento; com o ilimitado poder hierárquico constituído pelo binômio diretora-educadoras infantis do qual ela ainda não fazia parte ; com a disciplina imposta às crianças. Tentara, então, tímidas aproximações, buscando tecer conivências, alianças, alguns sorrisos, fiapos de frases. Mas a máquina é implacável. Certo dia, Bernadette veio ter com a diretora, chorando: "Ela bateu numa criança, de novo". Referia-se a uma auxiliar que surrava regularmente as crianças. Os pequenos sinais que esta última emitira tinham, afinal, produzido essa aliança. A diretora, rígida, sem dúvida, havia participado do grupo com o psicanalista de cachimbo e tinha se perturbado, ou até despertado para a necessidade de aceder, mesmo parcialmente, ao desejo das crianças. Convocou imediatamente uma reunião tumultuosa, ou pior, dramática: houve choro, palavras duras, mas também palavras apaziguadoras, abraços, gestos de consolo. Expressão das palavras e dos corpos. A diretora compreendeu, então, que era preciso ir até o fim do processo, ou a creche inteira estaria arriscada a cair num buraco negro. Instaurou-se uma nova relação de forças, consensual e inclusiva. A auxiliar acusada saiu aos prantos da reunião e, em seguida, da creche; mas o caminho estava outra vez aberto para novos possíveis (Mozère; Aubert, 1977). Não seria, então, adequado dizer que processos moleculares, uma vez surgidos, permanecem ocultos, enquanto vigorar a relação de poder imposta pelas máquinas molares, mas, na primeira oportunidade, essas forças do desejo tornam propriamente à vida, reconectam-se sem qualquer mediação ou, em outras palavras, atualizam novos possíveis? "Atualizar o virtual... A realização depende de um ato de criação que é inseparável de sua atualização... e, no entanto, não pode ser pensado... Esgotando o possível é que o criamos" (Zourabichvili, 1995, p. 356). A saber, um occursus15 15 N.T. Encontro em que o processo de singularização pode evadir-se. "Acreditar, não num outro mundo, mas no vínculo entre o homem e o mundo, no amor ou na vida, acreditar nisso como no impossível, no impensável: 'o possível, senão sufoco'." (Deleuze apud Zourabichvili, 1998, p. 221). Não estariam essas microcriações que acabo de mencionar sinalizando uma das mil maneiras de mapear essa economia do desejo?
Submetido à publicação em 11 de março de 2013.
Aprovado em 04 de junho de 2013.
- CHEVALLIER, L. Classes laborieuses, classes dangereuses pendant la première moitié du XIXè siècle 1972.
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Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
10 Jan 2014 -
Data do Fascículo
Dez 2013
Histórico
-
Recebido
11 Mar 2013 -
Aceito
04 Jun 2013