O trabalho aborda a concepção de crítica em Foucault como estratégia de questionamento, de tensão, de ação e de transformação nos excessos de governo presentes no campo da Educação. A hipótese desenvolvida é a de que o sentido da crítica se atualiza para a Educação, à medida que se age na direção de transformar as suas relações institucionais. Para tanto, o artigo articula duas etapas analíticas. Primeiro, investiga os efeitos da governamentalização na instituição escolar em três níveis: a associação da escola com as artes de governo, o papel do professor na arte de governar e a função dos discursos oficiais na manutenção da instituição escolar sob os efeitos de governo. A seguir, dedica-se a analisar a própria dimensão da crítica e de suas consequências na Educação, por intermédio da arte de não ser governado, da insubmissão voluntária e da reflexão indócil, da atitude-limite e da atitude-experimental.
Educação; instituição escolar; Foucault; crítica; artes de governo