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Da exacerbação dos sentidos no encontro com a natureza: contrastando esportes radicais e turismo de aventura

Sensation seeking in outdoor pursuits: similarities and differences in discourses on radical sports and adventure tourism

Este artigo visa a contribuir para a compreensão do risco-aventura, entendido como o conjunto de práticas que recuperam a dimensão positiva dos riscos. Com base na revisão da literatura e apoiado na vertente construcionista da Psicologia Discursiva, propõe um modelo para análise das dimensões de risco-aventura presentes no turismo de aventura e nos esportes radicais: risco/perigo, adrenalina, aventura, treinamento, uso de equipamentos e relação com a natureza. Como fonte de dados, utilizamos o site de uma operadora especializada em turismo de aventura e uma entrevista com um praticante de parapente. Os dados coletados foram analisados utilizando árvores de associação de idéias e mapas dialógicos. Todos os elementos do modelo analítico se fizeram presentes nas duas modalidades de risco-aventura. Porém, o turismo de aventura caracterizou-se pela delegação do controle do risco a especialistas, enquanto que nos esportes radicais a dimensão treinamento/experiência foi priorizada, enfatizando-se a responsabilidade individual no controle dos riscos.

Risco-aventura; linguagem dos riscos; produção de sentidos; turismo de aventura; esportes radicais


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