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Auto-organização psíquica

Psychical self-organization

Sermos animados por um "a mais de tensão" difere o humano do não-humano na perspectiva psicanalítica, situação que cria um dinamismo no qual emerge a realidade psíquica. Ao tomar os estímulos corporais como pura dispersão, sem formarem de início um conjunto estruturado e ao enfatizar a existência de uma semântica mental apoiada na sexualidade, apontamos que Freud traçou um paralelo entre dois domínios diferentes: ciências mentais e ciências do cérebro, incorporando precocemente preceitos de complexidade às suas teorias. Neste artigo, tentamos mostrar que a articulação entre as noções de pulsão e de inconsciente, a qual coloca a gênese da significação em território não-controlável, possibilitando a compreensão da emergência do psiquismo como um processo de auto-organização de um cérebro sensível às condições iniciais. Perturbações pequenas são amplificadas na flutuação global e essa idéia pode contribuir para a compreensão das modernas perspectivas de estudo da mente.

Psicanálise; neurociência; auto-organização; complexidade


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