Resumo
Embasado em pesquisa etnográfica, o artigo reflete sobre posições identitárias de homens que comercializam prazeres sexuais nas ruas do centro do Recife. O ânus surge como símbolo maior da masculinidade dos varões do mercado do sexo. A partir de seu uso como mercadoria, diversificam-se as posições identitárias: boys ativos (nunca disponibilizam), boys bicha (facilmente disponibilizam) e boys flex (negociam seu preço). Bem raro, pois seu uso como fonte de prazer desonra o homem, ele se torna símbolo de poder e subjugação nas relações que se estabelecem no mercado do sexo; sinalizador de virilidade e de mais-valia.
Palavras-chaves:
masculinidade; profissionais do sexo; mercado sexual; práticas sexuais