| Termo |
Definição conceitual |
Aspectos em Destaque |
Referências |
| Assédio moral |
“o assédio moral caracteriza-se por atos negativos (diretos ou indiretos) empreendidos por um ou mais indivíduos, de maneira sistemática e de longo prazo, a uma ou mais vítimas, envolvendo um desequilíbrio percebido de poder (não apenas no sentido formal), resultando em graves danos psicológicos (e, às vezes, até físicos) para a(s) vítima(s)” |
*É um processo longo e recorrente. *A intencionalidade do ato negativo não é consenso, mas implica danos (para a vítima, o grupo, a organização e a sociedade). *A direção da agressão pode ser ascendente, descendente, horizontal ou mista. *Há um desbalanceamento de poder (formal ou informal) entre o agressor e a vítima |
Valadão e Bueno Mendonça (2015, p. 22) |
| Assédio sexual |
“Todas as ações e práticas que emanam de uma pessoa ou de um grupo de pessoas no trabalho, que atingem um ou mais trabalhadoras e trabalhadores, de forma repetida e indesejável. Consciente ou inconsciente, essas ações têm o efeito de humilhar, fender ou angustiar a pessoa em causa. Elas podem interferir no cumprimento das tarefas no trabalho ou criar um ambiente de trabalho nefasto. O assédio sexual inclui comentários ou ações associadas com o sexo de uma pessoa, ele concentra sua atenção na sexualidade da pessoa, e não no seu papel de trabalhadora ou de trabalhador.” |
*O fenômeno pode ocorrer uma vez (de forma mais diretiva, como passar a mão na perna da pessoa) ou se acumular através de insinuações ofensivas |
Hadjifoutiu citado por Cockburn (1991, p. 139) |
| Minar o outro socialmente |
Comportamento que tem a intenção de impedir (minar), ao longo do tempo, o outro de ter a habilidade para estabelecer e manter relações interpessoais positivas |
*É intencional. *Prejudica de modo específico os relacionamentos, a reputação e o sucesso relacionado ao trabalho |
Duffy, Ganster e Pagon (2002) |
| Supervisão abusiva |
Comportamentos verbais e não verbais hostis, excluindo contato físico |
*Relação da agressão ascendente |
Tepper (2000) |
| Comportamento contraprodutivo no trabalho |
Comportamentos praticados por trabalhadores para agredir diretamente a organização (exemplos: roubo, sabotagem, diminuição do esforço para cumprir tarefas) ou seus membros (exemplos: recusa em cooperar, abuso verbal, agressão física) |
*Voltado para a relação interpessoal, mas, também, pode ter como intuito prejudicar diretamente a organização |
Penney e Spector (2005) |
| Incivilidade no ambiente de trabalho |
Comportamentos rudes e insensíveis que violam as normas estabelecidas pelo grupo de trabalho, os quais precisam ser analisados de acordo com a ótica dos agentes que interpretam (como vítima, agressor ou testemunha) os comportamentos dentro do contexto de trabalho. Cabe lembrar que uma mesma pessoa pode ser vítima e agressora, podendo os argumentos do comportamento vincularem-se não apenas a uma má conduta, mas também a uma resposta (comportamento incivil) a uma artimanha vivenciada (mesmo sendo aparentemente civil) |
*Os atos incivis se frequentes prejudicam o clima de trabalho; pode haver volatilidade nos papéis em ser vítima, testemunha e agressor; trata-se de uma microviolência que pode abrir espaço para outras formas de violências |
Bueno Mendonça (2017, p. 157) |
| Incivilidade seletiva |
Os atos de incivilidade não são sempre gerais, ou seja, executados aleatoriamente; são, em muitos casos, expressões veladas de preconceito, como em relação a mulheres e a pessoas negras |
*Entende-se que os atos incivis não são destinados aleatoriamente, mas ligam-se a preconceitos e estereótipos |
Cortina (2008) |