Resumo
Esta pesquisa intencionou compreender como, a partir dos relatos narrativos (auto)biográficos de três docentes negras do ensino superior público, implodem-se saberes e fazeres que decolonizam o conhecimento, a ciência e a sociedade no âmbito da UFMG. Tomou-se a experiência dessas sujeitas como analisadores das inúmeras contradições que se apresentam em uma universidade pública de histórico moderno/colonial. O que tem sido capaz de movimentar rupturas epistêmicas e políticas na reinvenção de um novo mundo que já se mostra possível apesar das armadilhas da colonialidade. Nessa direção, as estratégias de combate à colonização do ser, do saber e da sociedade são um processo constante de mobilizações e alterações dessas experiências. É, apenas e unicamente, por meio dessa ferida aberta, que essas intelectuais inventam outros horizontes na produção do conhecimento, da ciência e da própria sociedade em sua versão mais justa rumo à experiência-ciência feminista, antirracista e decolonial.
Palavras-chaves:
Intelectuais negras; Antirracismo; Feminismo; Decolonialidade; Universidade pública