Resumo
Como determinadas ações linguísticas, os atos de fala, criam condições favoráveis à emergência e manutenção de ações cognitivas, as Zonas de Desenvolvimento Proximal (ZDPs)? Por meio da análise interacional e videográfica, investigou-se uma aula de geografia do sexto ano do ensino fundamental em que "o relevo e seus agentes" era o principal tópico conversacional. A partir da categorização dos atos de fala, foram observados dois padrões de organização conversacional: atos de fala voltados à manutenção do contrato didático e atos de fala direcionados aos conteúdos escolares relacionados ao tópico em curso. Tais padrões providenciam condições favoráveis à emergência e manutenção de ZDPs, compreendidas como espaços simbólicos que favorecem a aprendizagem, construídos ao longo do discurso pelos participantes.
Palavras-chave:
zona de desenvolvimento proximal; processos cognitivos; regulação semiótica; atos de fala; contrato didático