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Significados Atribuídos à Escola: Revisão Integrativa da Literatura Nacional

Resumo

Este artigo tem como objetivo compreender quais são os significados que alunos, pais e professores atribuem à escola, por meio de uma revisão integrativa da literatura brasileira dos últimos dez anos (2007-2017). A busca foi realizada nas bases de dados BVS-Psi, SciELO e PePSIC a partir dos termos em inglês: meaning AND school; perception AND school; “social representation” AND school e em português. Após critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 11 artigos. A análise foi categorizada a partir de duas categorias: (a) Significados que fortalecem os vínculos e (b) Significados que fragilizam os vínculos. Os resultados mostraram que a escola é representada de diversas formas, sendo a maior parte das pesquisas realizadas com os alunos.

Palavras-chave:
alunos; escola; revisão; significados

Abstract

This paper aims to understand the meanings that students, parents, and teachers, assigned to the school, through an integrative review of the last ten years of Brazilian literature (2007-2017). The search in the databases included material from BVS-Psi, SciELO, and PePSIC, using the following terms in both English and Portuguese: meaning AND school; perception AND school; “social representation” AND school. Considering the inclusion and exclusion criteria, 11 papers were selected. The meanings were classified into two categories: (a) Meanings that strengthen the bonds and (b) Meanings that weaken the bonds. Results indicate that the school is represented in several ways, and the research are predominantly conducted with students.

Keywords:
students; school; review; meanings

A escola é uma instituição que, em conjunto com a família, partilha da tarefa de preparar e encaminhar crianças e adolescentes para sociedade. De fato, a escola tem função de contribuir para propiciar o desenvolvimento psicológico de cada um de seus atores, sejam eles alunos, professores, família, gestores. A escola passa a ser reconhecida como parte de um grupo, de uma geração, um contexto institucional cujos significados compartilhados afetam a identidade pessoal desses atores (Campolina & Oliveira, 2009Campolina, L. O., & Oliveira, M. C. S. L de. (2009). Cultura escolar e práticas sociais: Episódios cotidianos da vida escolar e a transição para a adolescência. Educação e Pesquisa, 35(2), 369-380. https://doi.org/10.1590/S1517-97022009000200010
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). Por conta disso, os significados, as percepções e representações atribuídas a escola tendem a ser diversas, visto que os membros do contexto escolar vão além dos atores da escola, abrangendo a comunidade local e a sociedade como um todo. O significado é o conjunto de coisas que se diz respeito a um objeto e não o conjunto do que se poderia dizer, é efetivamente o que se diz no interior de uma atividade. Não é tudo o que pode ser dito, já que algumas culturas aceitam alguns. Portanto, se produz significados para poder pertencer a um espaço comunicativo, uma cultura, por acreditar que nesse espaço ou cultura outras pessoas compartilharão tais significados (Angelo & Lins, 2017Angelo, C. L., & Lins, R. C. (2017). Alunos falam sobre a escola: do mundo dos adultos à terra do nunca. Educar em Revista, 62, 165-180. https://doi.org/10.1590/0104-4060.44134
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).

Deste modo, compreender o lugar da escola na vida dos alunos, pais e professores, se faz necessário à medida que os índices de evasão escolar retratam uma realidade preocupante, fazendo-nos pensar em intervenções nesse contexto que possam resgatar um sentido da escola na vida dessas pessoas.

As informações atualizadas em junho de 2017 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), revelam que 12,9% e 12,7% dos alunos matriculados na 1ª e 2ª série do Ensino Médio, respectivamente, evadiram da escola de acordo com o Censo Escolar entre os anos de 2014 e 2015. O 9º ano do ensino fundamental tem a terceira maior taxa de evasão, 7,7%, seguido pelo 3ª ano do ensino médio, com 6,8%. Considerando todas as séries do ensino médio, a evasão atinge 11,2% do total de alunos nessa etapa de ensino (INEP, 2017Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2017). INEP divulga dados os inéditos sobre o fluxo escolar na educação básica. http://portal.inep.gov.br/artigo/-/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/inep-divulga-dados-ineditos-sobre-fluxo-escolar-na-educacao-basica/21206
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).

Sabe-se que o fracasso escolar e a evasão são situações que ocorrem no contexto escolar, sendo desafios enfrentados pela educação e que as políticas públicas necessitam dar conta. Para um entendimento adequado do fracasso escolar se faz necessário tratar da diferenciação entre evasão e abandono escolar, sendo que a evasão pode ser entendida como uma fuga da escola para realizar outra atividade ou seja, o aluno sai da escola e não retorna mais ao ambiente escolar (Silva & Araújo, 2017Silva, F. R. B., & Araújo, R. M. de L. (2017). Evasão e abandono escolar na educação básica no Brasil: Fatores, causas e possíveis consequências. Educação Por Escrito, 8(1), 35-48. http://doi.org/10.15448/2179-8435.2017.1.24527
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). Enquanto o abandono escolar constitui um desligamento do aluno do ambiente escolar, retornando posteriormente (INEP, 2017Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2017). INEP divulga dados os inéditos sobre o fluxo escolar na educação básica. http://portal.inep.gov.br/artigo/-/asset_publisher/B4AQV9zFY7Bv/content/inep-divulga-dados-ineditos-sobre-fluxo-escolar-na-educacao-basica/21206
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). A evasão e abandono escolar resultam em um problema social por conta das implicações geradas na sociedade como um todo. Portanto, é essencial que os fatores que contribuem para a incidência e a manutenção de tais problemas em ambiente escolar sejam identificados e tratados para que cada vez mais adolescentes concluam a educação básica (Auriglietti & SchmidlinLöhr, 2014Auriglietti, R. C. R., & SchmidlinLöhr, S. (2014). Evasão escolar: Causas, consequências e alternativas - O combate à evasão escolar sob a perspectiva dos alunos. Caderno: Os Desafios da Escola Pública Paranaense na Perspectiva do Professor PDE, 01, 1-21. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
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).

O fracasso escolar por algum tempo foi atribuído de forma culposa quase que exclusivamente ao papel do aluno, no entanto sabe-se que fatores institucionais e as práticas pedagógicas contribuem para esta realidade, a exemplo dos conselhos de classe, dos quais aprovam o aluno com baixo índice de aprendizagem, sem que o mesmo tenha de fato aprendido. O fracasso escolar neste sentido, é entendido como a não absorção e assimilação dos conteúdos por este aluno e, tão pouco a realização de uma ligação com o seu cotidiano, a fim de contribuir com melhorias de sua qualidade de vida. No entanto, aspectos como o papel do professor, o currículo, a gestão escolar e a relação professor-alunos tornam-se fatores importantes na manutenção do fracasso escolar, necessitando serem reformulados (Forgiarini & Silva, 2008Forgiarini, S. A. B., & Silva, J. D. (2008). Fracasso escolar no contexto da escola pública: Entre mitos e realidades. Secretaria de Educação do Paraná: Dia a Dia Educação, 1-27. http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/369-4.pdf
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). Essas reformulações podem evitar que este fracasso resulte consequentemente na evasão escolar, entendida como a saída do aluno da escola.

No que se refere ao fracasso escolar, a relação família-escola fica estabelecida por culpas e uma relação assimétrica. As representações e crenças dos pais, interferem na compreensão do papel da escola, na medida em que eles responsabilizam a instituição pelo futuro profissional dos seus filhos, pelas dificuldades e fracasso escolar, pelo comportamento, ensino e por vezes pela educação como um todo. Essas representações vão de encontro ao que a escola relata, na medida em que a instituição diz que estas dificuldades são exclusivamente culpa do aluno. Por sua vez, a escola não realiza movimentos eficazes de aproximação com a realidade do aluno e por consequência com a dos pais, somente exige complementaridade na educação dos filhos (Saraiva & Wagner, 2013Saraiva, L. A., & Wagner, A. (2013). A relação família-escola sob a ótica de professores e pais de crianças que frequentam o ensino fundamental. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 21(81), 739-772. http://doi.org/10.1590/S0104-40362013000400006
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). É fundamental a compreensão de que as representações da escola pelos atores (pais, alunos, professores, gestores, funcionários), estão presentes na compreensão dos problemas existentes no sistema de educação escolar, e se estas representações forem equivocadas, em especial com o desempenho insatisfatório dos alunos poderão prejudicar o interesse destes pela escola. Além do mais, as sucessivas vivências de re provações e de evasões podem levar ao abandono escolar (Nunes et al., 2014Nunes, T. G. R., Pontes, F. A. R., Silva, L. I. da C, & Dell’Aglio, D. D., (2014). Fatores de risco e proteção na escola: Reprovação e expectativas de futuro de jovens paraenses. Psicologia Escolar e Educacional, 18(2), 203-210. http://doi.org/10.1590/2175-3539/2014/0182732
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).

As consequências da evasão escolar são inúmeras, desde assumir questões elementares de uma vida em sociedade tanto no âmbito pessoal, profissional ou no que se refere a cidadania, prejudicando a consciência dos direitos e deveres em sociedade, além das limitações ao impedir o acesso em funções que exigem a escolaridade. Ambos os casos, tanto o fracasso como a evasão, retratam uma preocupação no que diz respeito a continuidade, a permanência e a conclusão de crianças e adolescentes na escola. Uma das possíveis maneiras de realizar este trabalho preventivamente é compreendendo de que forma a escola é significada e representada por pais, alunos e professores. Um olhar reflexivo sobre as representações de liberdade, autoridade, ensinar, aprender, transmitir e construir (Freire, 1996Freire, P. (1996). Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra. ) permite um entendimento de quais são os elementos que fortalecem ou enfraquecem o processo de vínculo entre os principais atores da escola. Por conta disso, este trabalho tem por objetivo compreender quais são os significados que alunos, pais e professores atribuem à Escola, por meio de uma revisão integrativa da literatura nacional.

Método

O método utilizado foi a revisão integrativa da literatura nacional, a qual se utiliza de estudos empíricos ou teóricos para fornecer a compreensão de um tema particular, analisando pesquisas anteriores como forma de obter o conhecimento. Uma revisão integrativa é um método específico, que resume o passado da literatura empírica ou teórica, para fornecer uma compreensão mais abrangente de um fenômeno particular, a revisão possibilita um resumo de estudos já publicados e busca gerar novos conhecimentos (Botelho et al., 2011Botelho, L. L. R., Cunha, C. C. de A., & Macedo, M. (2011). O método da revisão integrativa nos estudos organizacionais. Gestão e Sociedade, 5(11), 121-136. https://doi.org/10.21171/ges.v5i11.1220
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).

Estratégia de Busca

Os procedimentos adotados para a procura dos estudos nas bases de dados, bem como a análise dos que foram selecionados, aconteceram no mês de dezembro de 2017. As bases de dados utilizadas foram: Biblioteca Virtual em Saúde - Psicologia Brasil (BVS-Psi), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC). Foram utilizados para a busca dos artigos os termos em inglês com o operador boleano AND: meaning AND school; perception AND school; “social representation” AND school e os termos em português: significado AND escola; percepção AND escola; “representação social” AND escola. Estes termos foram utilizados a fim de abranger os estudos que trouxessem os diferentes significados atribuídos à escola a partir de estímulos, percepções e interpretações distintas. Além de poder perceber, em que medida essas atribuições podem estar relacionadas a consolidação e rompimento de vínculos entre alunos e escola. Optou-se por não incluir os temos pais, alunos, professores para a busca ser mais abrangente e não serem excluídos artigos importantes que pudessem responder à pergunta “quais são as significações/representações de pais, professores e alunos sobre a escola?”.

Após a busca abrangente em cada base de dados, foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: ser artigo científico; disponibilizado online; em acesso aberto (open acess); publicações realizadas no Brasil; dos últimos 10 anos (2007 a 2017); abordar o tema, a saber: significados ou representações atribuídas à escola por alunos, pais ou professores. Já os critérios de exclusão foram: dissertações e/ou teses; livros; artigos que não tivesse acesso completo ou que não fossem open acess e que não tratassem dos significados atribuídos a escola por alunos e/ou pais e/ou professores. Todos os artigos repetidos foram excluídos. Para obter uma validade maior, os resumos daqueles que foram pré-selecionados foram lidos, o que auxiliou na inclusão ou exclusão dos mesmos neste estudo.

Seleção dos Estudos

A primeira etapa foi a de identificação dos estudos. Para fins de seleção, após a aplicação dos critérios de inclusão, foram descartadas as publicações em duplicidade por meio da leitura dos títulos das mesmas. Em seguida, os títulos e resumos foram lidos e excluídos aqueles que não possuíam o tema como principal objetivo. Por fim, para a elegibilidade, os estudos foram lidos na íntegra. Também, neste momento, foram aplicados os critérios de exclusão.

Processo de Extração das Informações

Os estudos que contemplaram os critérios de inclusão foram analisados de forma descritiva e qualitativa, em forma de quadro (quadro 1), de acordo com as seguintes categorias selecionadas: (a) ano de publicação e autores, (b) objetivos, (c) delineamento, (d) instrumentos e (e) participantes. O segundo quadro (quadro 2) trata dos principais resultados e significados atribuídos à escola, referentes aos artigos analisados.

Quadro 1
Síntese da estrutura dos artigos analisados

Quadro 2
Síntese do panorama e significados atribuídos à escola

Risco de Viés entre os Estudos

Haja vista maior fidedignidade das informações, a busca foi realizada por dois avaliadores independentes. Caso a autora estivesse com dúvidas a respeito da inclusão do artigo, o mesmo seria enviado à análise de juízes (Pasquali, 2010Pasquali, L. (2010). Instrumentação psicológica: Fundamentos e práticas. Artmed.). Como os dois pesquisadores entraram em um consenso não houve a necessidade da intervenção de um terceiro juiz. Se tivesse havido discrepância seria consultado um terceiro revisor (Zoltowski et al., 2014Zoltowski, A. P. C., Costa, A. B., Teixeira, M. A. P, & Koller, S. H. (2014). Qualidade metodológica das revisões sistemáticas em periódicos de psicologia brasileiros. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 30(1), 97-104. https://doi.org/10.1590/S0102-37722014000100012
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), contudo não foi necessário.

Resultados

Em síntese, localizou-se 3.817 registros, no mês de outubro de 2017. A partir da aplicação dos filtros aos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 38 artigos, destes foram excluídos 20, após a leitura dos resumos e, excluídos sete por serem repetidos, restando 11 estudos para a análise de conteúdo, tendo em vista que todos atenderam aos critérios e ao objetivo deste estudo, que é investigar quais os significados atribuídos à escola (figura 1).

Figura 01.
Diagrama do fluxo de seleção dos artigos

Por meio da revisão integrativa da literatura foi possível realizar um levantamento dos anos das publicações, objetivos dos estudos, delineamento, instrumentos utilizados e participantes. Os resultados encontrados estão apresentados no quadro abaixo (quadro 1).

No geral, constatou-se que os objetivos dos estudos selecionados, consistiram em: apresentar o processo de retomada à escolarização, os motivos desse retorno e os significados da escola na vida adulta (Ramos & Stella [E10], 2016Ramos, E. T. de, & Stella, C. (2016). Significados da escolarização para alunos da educação de jovens e adultos. Psicologia: Teoria e Prática, 18(2), 189-207. http://doi.org/10.15348/1980-6906/psicologia.v18n2p189-207
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); o significado de escola e a escolarização nas diferentes classes sociais (Passos & Gomes [E6], 2012Passos, G. D. O., & Gomes, M. B. (2012). Nossas escolas não são as vossas: As diferenças de classe. Educação em Revista, 28(2), 347-376. http://doi.org/10.1590/S0102-46982012000200016
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); qual é o sentido atribuído à escola por alunos e pais de alunos (Marques & Castanho [E5], 2011Marques, P. B., & Castanho, M. I. S. (2011). O que é a escola a partir do sentido construído por alunos. Psicologia Escolar e Educacional, 15(1), 23-33. http://doi.org/10.1590/S1413-85572011000100003
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; Lima et al., [E2], 2008Lima, R. D. C. P., Colus, F. A. M., Gonini, F. A. C., Mokwa, V. M. N. F, & Petrenas, R. D. C. (2008). Qualidade e saudosismo: Representações sociais de pais sobre a escola. Psicologia da Educação, 27, 31-51. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752008000200003
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); jovens com diagnóstico de TDAH (Rangel & Loos [E4], 2011Rangel, E. de B. Jr., & Loos, H. (2011). Escola e desenvolvimento psicossocial segundo percepções de jovens com TDAH. Paidéia, 21(50), 373-382. http://doi.org/10.1590/S0103-863X2011000300010
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); jovens em situação se risco psicossocial e de vulnerabilidade social (Matos et al. [E1], 2008; Leite et al. [E9], 2016Leite, F. M., Pessoa, M. C. B., Santos, P. dos, Rocha, G. F, & Alberto, M. P. (2016). O sentido da escola: Concepções de estudantes adolescentes. Psicologia Escolar e Educacional, 20(2), 339-348. http://doi.org/10.1590/2175-3539/2015/0202983
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), além da relação de noções de significado, objeto, legitimidade e espaço semânticos (Angelo & Lins [E11], 2017Angelo, C. L., & Lins, R. C. (2017). Alunos falam sobre a escola: do mundo dos adultos à terra do nunca. Educar em Revista, 62, 165-180. https://doi.org/10.1590/0104-4060.44134
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); entender o significado das experiências escolares com os projetos de vida dos alunos (Klein & Arantes [E8], 2016Klein, A. M., & Arantes, V. A. (2016). Projetos de vida de jovens estudantes do ensino médio e a escola. Educação & Realidade, 41(1), 135-154. https://doi.org/10.1590/2175-623656117
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); a escola como contexto cultural e suporte existencial para os jovens (Campolina & Oliveira [E3], 2009Campolina, L. O., & Oliveira, M. C. S. L de. (2009). Cultura escolar e práticas sociais: Episódios cotidianos da vida escolar e a transição para a adolescência. Educação e Pesquisa, 35(2), 369-380. https://doi.org/10.1590/S1517-97022009000200010
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; Brenner & Carrano [E7], 2014Brenner, A. K., & Carrano, P. C. R. (2014). Os sentidos da presença dos jovens no ensino médio: Representações da escola três filmes de estudantes. Educação & Sociedade, 35(129), 223-1240. https://doi.org/10.1590/ES0101-73302014143847
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). Portanto, os objetivos dos estudos selecionados salientaram em sua maioria, a percepção de alunos em relação à escola. Sendo que, apenas um estudo [E2] discorreu sobre as representações da escola sob o olhar dos pais, e um outro sobre questões de família e escolarização [E6], isto é, há uma demanda de realizar estudos que englobem os sentidos da escola, por parte de pais, alunos e professores de forma simultânea.

Já no que concerne ao delineamento, quase a totalidade dos estudos (10) são qualitativos. Diante disso, pode-se entender por meio de dois olhares: o primeiro deles, voltado para a análises de percepções, representações [E9], pensando a pesquisa qualitativa como um apoio metodológico significativo, na medida em que a estruturação do conhecimento é sempre uma produção construtiva-interpretativa (Rey, 2002Rey, F. G. (2002). Pesquisa qualitativa em Psicologia: Caminhos e desafios. Pioneira Thomson Learning.) e, se tratando de significações atribuídas à escola, este modelo metodológico seria apropriado para esta problemática. Já em um segundo olhar, seria justamente a escassez de pesquisas quantitativas e/ou mistas, que são capazes de inferir e correlacionar variáveis, como por exemplo, os baixos níveis de aprendizado com as percepções quanto à escola e expectativas de futuro relacionadas à educação.

Em relação aos instrumentos utilizados nas pesquisas selecionadas, a grande maioria utilizou entrevistas semiestruturadas individuais e em grupos, bem como, questionários e observações de campo. Por se tratar de pesquisas qualitativas, em sua maioria, estes instrumentos mostram-se adequados de acordo com o método empregado. No que diz respeito aos participantes, nove, dos 11 estudos foram realizados com alunos ou ex-alunos sejam crianças, adolescentes ou adultos, apenas um estudo foi realizado com pais e, um estudo teórico. Isso quer dizer que, embora haja estudos nesse contexto, em sua maioria estão destinados a averiguar qual a percepção dos alunos em relação a escola, limitando assim, os demais participantes como, os pais e professores. Existe a necessidade de que sejam realizados estudos que apresentem a percepção dos três grupos em comum: pais, alunos e professores, a fim de trazer à tona uma significação mais abrangente de como funciona aquele contexto escolar, possibilitando assim intervenções mais especificas e efetivas na manutenção e fortalecimento de vínculos.

Ao analisar os artigos encontrados pode-se obter um panorama geral dos principais resultados. Assim como os significados que foram atribuídos à escola em cada uma das pesquisas analisadas vislumbrando possíveis causas do que fortalece e/ou enfraquece esses vínculos, conforme o quadro abaixo (quadro 2).

Com o intuito de compreender melhor a análise e discussão dos estudos encontrados referentes o quadro acima, eles foram divididos em duas grandes categorias: (a) Significados que fortalecem os vínculos e (b) Significados que enfraquecem os vínculos.

Discussões

Os resultados dos estudos analisados (quadro 2) demonstraram haver significações que possuem diversos sentidos atribuídos por pais, alunos e professores. Alguns possuem uma tendência a fortalecer o vínculo entre estudante e escola, já outros carecem de um olhar mais crítico pois, em certo grau impossibilita que haja um vínculo mais positivo em relação a escola, podendo facilitar as evasões e abandono escolar. Por conta disso, procurou-se analisar por meio de duas grandes categorias: (a) Significados que fortalecem os vínculos, enfatizando os aspectos positivos encontrados e, (b) Significados que fragilizam os vínculos buscando entender quais os sentidos atribuídos e o que se pode realizar para melhorar determinadas situações. Entre os aspectos que contribuem para fortalecer os vínculos merecem destaque: a comunicação assertiva, estudantes como sujeitos subjetivos, presença dos pais, postura do professor e a valorização do contexto de vida. Entre os aspectos que contribuem para fragilizar os vínculos estão: escola e a função vazia, fragmentação dos conteúdos, altos índices de reprovação e desmotivação, desconexão nas relações entre aluno, escola e sociedade e a desigualdade material. Essas subcategorias foram organizadas pelos autores considerando os achados e a prevalência desses aspectos nos estudos.

Significados que Fortalecem os Vínculos

Comunicação Assertiva

A partir dos resultados analisados nos estudos, os significados atribuídos à escola que fortalecem os vínculos são aqueles ligados à função que a escola tem para esses grupos. Os aspectos apontados como positivo foram a flexibilidade e envolvimento que a escola têm em relação a comunicação com os pais, estabelecendo assim uma relação positiva [E6]. Nesse sentido, a educação é percebida para além do ambiente físico, no momento em que intervém na vida dos alunos, cumprindo um papel essencial, deixando de ser percebida apenas como reprodutora da ideologia dominante (Freire, 1996Freire, P. (1996). Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. Paz e Terra. ). A comunicação família-escola é um ponto fundamental que precisa ser trabalho à medida que o discurso da escola parece o de chamar atenção para a criação dos filhos, enquanto a família quer interagir e saber mais sobre o dia a dia do filho na escola (Saraiva & Wagner, 2013Saraiva, L. A., & Wagner, A. (2013). A relação família-escola sob a ótica de professores e pais de crianças que frequentam o ensino fundamental. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, 21(81), 739-772. http://doi.org/10.1590/S0104-40362013000400006
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). As crenças e expectativas de ambos os contextos em relação a educação dos alunos precisam ser mais aprofundados para que a comunicação seja mais assertiva.

Estudante como Sujeito Subjetivo

Outro aspecto positivo foi perceber a escola como parte fundamental dos projetos de vida dos estudantes, compreendendo que a mesma é parte constituinte do processo da formação humana e essa relação influencia os sentidos de cada aluno em estar na escola [E8]. A escola é percebida como um lugar de formação, socialização e como fonte de apoio social e afetivo que promove resiliência e apresenta as experiências como desafios e não como ameaças [E1]. Compreendendo que a escola deve considerar a subjetividade de cada aluno e, cooperar para a formação de suas personalidades estimulando a autoconfiança destes.

Presença dos Pais

Foi encontrado nos estudos um aspecto importante que é a participação dos pais e/ou familiares no processo escolar, nesse sentido, é inquestionável a presença dos pais para estimular a liberdade de decisão e da responsabilidade dos filhos/as [E2]. O envolvimento da família no processo escolar, melhora não somente o desempenho do aluno na escola, mas também sua relação familiar (Saraiva & Wagner, 2016Saraiva, L. A., & Wagner, A. (2016). Os estudos sobre a Relação Família-Escola no Brasil: Uma revisão sistemática. Educação, 39(esp), 114-124. http://doi.org/10.15448/1981-2582.2016.s.21333
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). Os benefícios da participação dos pais mostram ao aluno a importância dos estudos, ressaltando um ambiente escolar mais positivo e em contrapartida, os pais sentem-se mais beneficiados a medida em que os conflitos em relação a escola diminuem e a sensação de bem-estar aumenta (Cavalcante, 1998Cavalcante, R. S. C. (1998). Colaboração entre pais e escola: Educação abrangente. Psicologia Escolar e Educacional, 2(2), 153-160. https://doi.org/10.1590/S1413-85571998000200009
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).

Postura do Professor

A importância dos sentimentos e sensação de bem-estar no ambiente escolar, que por vezes são deixados em segundo plano, refletem o gosto de ir para a escola, fortalece a permanência do estudante e contribui assim, para a diminuição da evasão. A postura dos professores pode favorecer ativamente neste processo à medida em que os mesmos criam expectativas (positivas ou negativas) em cada aluno e isso acaba influenciando o fracasso ou sucesso da vida acadêmica [E10]. Ainda, a importância de investir na formação continuada dos professores, para que as aulas possam ser mais dinâmicas conseguindo assim estabelecer uma relação de conteúdos com as experiências que os alunos estão vivenciando, favorecendo o diálogo e trocas em sala de aula e por consequência produzindo um sentido para estar na escola [E9].

A Valorização do Contexto de Vida

A necessidade de relacionar o contexto da escola com o contexto social vivido pelo estudante, aparece com uma significação forte pois, essa relação escola-sociedade contribui para a construção da subjetividade do estudante [E3]. Logo, este saber que os estudantes carregam de suas vivências e o que vivem informalmente no contexto escolar, não podem ser negligenciados, deve ser levado em consideração a singularidade de cada aluno e a condição da qual vem existindo.

Significados que Fragilizam os Vínculos

Escola e sua Função Vazia

Os significados que interferem na fortificação dos vínculos entre estudantes e escola são variados, mas em sua maioria dizerem respeito a função da escola, o que se percebe nos estudos analisados é uma ambivalência e múltiplos significados atribuídos ao papel da escola, sejam de pais, alunos e/ou professores. Uma clara exemplificação disso, aparece em um dos estudos analisados [E2], quando o mesmo relata sobre o papel da escola na visão dos pais, do qual se mostra um local onde é responsável por traçar a trajetória social de seus filhos, desencadeando possibilidades de crescimento profissional, econômico e familiar, incluindo-os socialmente e fazendo ser reconhecidos pela sociedade; o não cumprimento dessa expectativa faz com que gere frustração e dificulte a comunicação entre pais-escola. Outro aspecto explanado pelos estudos foi a dificuldade da escola em lidar com as diferenças dos alunos e que a construção de um ambiente mais democrático no interior da escola demanda um esforço coletivo [E5] o que acaba não fazendo sentido estar na escola para muitos alunos. Em compensação, para os alunos do estudo [E7] a escola é tida como um de suporte existencial.

Fragmentação dos Conteúdos

Em um estudo [E5] foi relatado por alunos, que a escola não serve para nada, apenas para falir os alunos. Perceber a escola desta forma fragiliza o vínculo com os alunos na medida em que a única solução que parece possível ao ouvir esta frase, seja abandoná-la. É necessário fazer com que esta relação não seja empobrecida, mas sim, que tenha um valor significativo na vida desses alunos. As atividades realizadas ganham um significado maior quando relacionadas a vida social do aluno deixando de serem realizadas apenas por obrigação, sendo importante que a educação perpasse o saber pessoal para a aprendizagem dos saberes escolares ganharem sentido e importância (Reis, 2012Reis, R. (2012). Experiência escolar de jovens/alunos do ensino médio: os sentidos atribuídos à escola e aos estudos. Educação e Pesquisa, 38(3), 637-652. http://doi.org/10.1590/S1517-97022012000300007
http://doi.org/10.1590/S1517-97022012000...
).

Altos Índices de Reprovação e Desmotivação

Um aspecto que podemos relacionar com a fragilidade do vínculo são os índices de reprovações 46,9% [E2], 48% [E4], expulsões 19 % e transferências compulsórias 28% [E4] que estudantes com alguma dificuldade relataram, atrelado a isso demonstraram sentimentos negativos relacionados à escola deixando transparecer a mágoa que possuem dela, do comportamento dos professores, dos quais taxavam alguns alunos com adjetivos preconceituosos, além de que os pais dos alunos são chamados à escola somente para tratar de indisciplinas, notas baixas, desatenção [E4]. O papel do professor assume aqui um caráter primordial, a medida em que o mesmo deixa de simplesmente transmitir conteúdos e passa a ser um agente de mudança na vida dos alunos, estimulando-os a serem cidadãos e a pensar criticamente, utilizando os conteúdos aprendido na escola em diversas situações do cotidiano (Bulgraen, 2010Bulgraen, V. C. (2010). O papel do professor e sua mediação nos processos de elaboração do conhecimento. Revista Conteúdo, 1(4), 30-38. http://www.conteudo.org.br/index.php/conteudo/article/viewFile/46/39
http://www.conteudo.org.br/index.php/con...
).

Desconexão nas Relações entre Aluno, Escola e Sociedade

As experiências que cada aluno carrega consigo devem ser respeitadas, o currículo e o cotidiano da escola precisam enfatizar essas vivências singulares e não excluí-las, compreendendo que a escola faz parte de um contexto que interage com a sociedade, logo, faz parte da construção da subjetividade de cada aluno [E3]. O funcionamento e rotina da escola mostram como essas forças ainda exercem um papel importante sobre as experiências subjetiva dos alunos [E3] enfatizando que não existe uma instituição isolada (escola) que cumpre um papel especifico (transmitir conteúdos), ou seja, a escola vai muito além, estará sempre em diálogo com as demandas da sociedade e perpassa por questões sócio históricas que culminarão na subjetividade do aluno.

Desigualdade Material

Por fim, um dos estudos analisados chamou atenção aos aspectos da educação nas diferentes classes sociais, do qual o ensino acontece de forma desigual, quando esse sistema de educação trata de forma igual os desiguais, ele mantem essa distinção de classes e isso por sua vez fragiliza o vínculo estudante-escola [E6], isso acontece também quando a escola segue um “modelo” e tenta encaixar todos os alunos, independentemente de suas singularidades fazendo com que haja um discurso moralizador e a manutenção das desigualdades. Outro fato que influencia as questões de aprendizagem é a percepção de família que a escola possui nomeando, muitas vezes, como “famílias desestruturadas”, o olhar da escola para a família precisa levar em conta as interações que envolvem aspectos cognitivos, sociais, efetivos e culturais, aceitando que o aluno possuí um conhecimento prévio advindo de suas relações anteriores bem como sua própria cultura e sistema familiar (Júnior et al., 2015Oliveira Júnior, I. B., Moraes, D. A. F. de., & Coimbra, R. M. (2015). Família “margarina”: As estereotipias de famílias na indústria cultural e a des/re/construção de conceitos docentes. Revista HISTEDBR On-line, 15(64), 266-279. https://doi.org/10.20396/rho.v15i64.8641941
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).

Considerações Finais

Os resultados do estudo sugerem que, nos últimos anos, alguns estudos investigaram, principalmente, os significados atribuídos à escola por alunos. Estes estudos utilizaram-se, quase que predominantemente do delineamento qualitativo, buscando compreender o fenômeno. Desta forma, é necessário que os estudos possam investigar, de formas correlacionais se, de fato, os significados atribuídos a escola estão relacionados a variáveis como evasão, fracasso, preconceito e sintomas de transtornos mentais, por exemplo.

No que se refere aos significativos atribuídos, pode-se pensar que a escola, nos estudos investigados, é um local do qual é indispensável que possui inúmeros sentidos, desde positivos, como um local necessário para aprender, se desenvolver, exercer a autonomia, a responsabilidade, “ter um futuro e ser alguém”, entre outros; até negativos como: local hostil, que “não serve para nada”, cumpre um papel moralizador, local de difícil aceitação das diferenças, entre outros. Repensar seus significados pode auxiliar em intervenções para o fortalecimento dos vínculos não apenas com o aluno, mas também com seus familiares, com o objetivo de evitar a evasão escolar ou o fracasso.

As ações desenvolvidas neste campo precisam ir além do currículo, da estrutura/modelo antigo da escola, do qual hoje, não se sustenta mais. Ela ainda é percebida em maior grau como àquele ambiente que não está preparado para as diferenças, as novidades e que não interage efetivamente com os alunos. Precisa-se repensar qual é o seu papel enquanto instituição integrada ao contexto social - político, assumindo responsabilidades éticas em relação não só a educação, mas com alunos e professores. Em contrapartida há uma necessidade gigantesca da participação da família na educação dos filhos, falta clareza em saber quais as responsabilidades enquanto família e maior envolvimento nesse processo.

Este estudo possui limitações as quais referem-se as escolhas das bases de dados. Estudos futuros podem ampliar a busca em novas bases, além de realizar revisão de estudos internacionais e estudos empíricos. Além disso, sugere-se a inclusão de outras palavras chave, como por exemplo “crenças” e “expectativas”. A ciência psicológica pode assumir uma posição crítica enquanto possibilidade de reflexão sobre o significado da escola para alunos, pais e professores. Sugerindo encontros de capacitação e aproximação entre os três grupos, compreender e proporcionar a compressão do papel do professor no processo de evasão dos alunos, possibilitar que a escola tenha um diálogo com seus alunos e família, entre outros. Dessa forma, contribuindo para o fortalecimento de vínculos dos alunos e escola, possibilitando a diminuição da evasão escolar. Precisa-se trabalhar com todos os agentes da escola para que seja possível estabelecer sentidos mais coerentes e uma educação mais crítica e transformadora.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    02 Set 2020
  • Data do Fascículo
    2020

Histórico

  • Recebido
    19 Mar 2018
  • Revisado
    30 Ago 2019
  • Aceito
    04 Set 2019
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