Resumo
Neste artigo, levantamos as vicissitudes no processo de tornar-se mulher, tomando como pressuposto a aposta psicanalítica de que é na puberdade que haverá a escansão sexual. Abordamos a adolescência como um processo de sexuação decorrente do Édipo. Se, no caso dos meninos, a identificação ao pai é suficiente, as meninas precisam de um trabalho a mais. Partiremos das personagens adolescentes Wendla e Ilse, na peça O despertar da Primavera de Frank Wedekind, para examinar os impasses e as saídas próprios à construção da feminilidade, inventados por cada uma diante do real pulsional.
Palavras-chave:
adolescência; feminilidade; psicanálise