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Repercussões das Redes Sociais na Imagem Corporal de Seus Usuários: Revisão Integrativa* * Este trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG; APQ-00071-18).

Resumo

Esta revisão integrativa da literatura seguiu a estratégia PICO para investigar as repercussões do uso das redes sociais na imagem corporal de seus usuários. Foram consultadas as bases PubMed, LILACS, PsycINFO e SciELO e incluídos artigos publicados entre janeiro de 2006 e fevereiro de 2019. Foram analisados 32 artigos na íntegra, que compuseram o corpus dessa revisão. Os estudos revelaram que as redes sociais repercutem predominantemente de forma negativa na autoimagem corporal de seus usuários, aumentando os níveis de insatisfação corporal e gerando impacto negativo no estado de humor e na autoestima. Somado a isso, as redes sociais influenciaram no tipo corporal que os usuários gostariam de ter traduzido pelo perfil corporal magro, considerado como modelo de beleza.

Palavras-chave:
rede social; autoimagem; imagem corporal

Abstract

This integrative review of literature followed the PICO strategy to investigate the repercussions of the use of social networks on the body image of their users. PubMed, LILACS, PsycINFO and SciELO databases were included as well as articles published between January 2006 and February 2019. Thirty-three articles were analyzed, which compose the corpus of this review. The studies revealed that social networks have a predominantly negative repercussion on the body self-image of their users, increasing levels of body dissatisfaction, also having a negative impact on mood and self-esteem. Added to this, social networks influenced the body type that users would like to have, translated by the lean body profile, considered a model of beauty.

Keywords:
social network; self-concept; body image

A nossa existência corporal está inserida num contexto cultural e relacional, e, por meio do corpo, podemos expressar os efeitos das representações com as quais tivemos contato e nos comunicar com o outro. Nesse sentido, o corpo supera o caráter puramente biológico, manifestando-se também como expressão social, cultural, psicológica e religiosa (Ulian et al., 2016Ulian, M. D., Gualano, B., Benatti, F. B., Campos-Ferraz, P. L., Roble, O. J., Modesto, B. T., Medeiros, G. T., Unsain, R. F., Sato, P. M., & Poppe, A. C. M. (2016). Eu Tenho Um Corpo Gordo, E Agora? Relatos De Mulheres Obesas Que Participaram De Uma Intervenção Não Prescritiva, Multidisciplinar E Baseada Na Abordagem “Health At Every Size” [I Have A Fat Body, What Now? Experiences of Obese Women Following A Multidisciplinary, Non-Prescriptive Intervention, Based on the Health at Every Size® Approach]. Demetra, 11(3), 697-722. http://doi.org/10.12957/demetra.2016.22501
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; Barbosa et al., 2011Barbosa, M. R., Matos, P. M., & Costa, M. E. (2011). Um Olhar Sobre O Corpo: O Corpo Ontem e Hoje [A Glance into The Body: Yesterday's and Today's Body]. Psicologia & Sociedade, 23(1), 24-34. http://doi.org/10.1590/S0102-71822011000100004
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). Como fruto de uma construção social, o corpo e os atributos nos quais ele deve se encaixar para ser considerado “bonito” são, em grande medida, moldados pelos ideais corporais e padrões de beleza propostos por cada sociedade, que são dinâmicos e variam nos diferentes contextos sociais, culturais e históricos (Christakis & Fowler, 2007Christakis, N. A., & Fowler, J. H. (2007). The Spread of Obesity in A Large Social Network over 32 Years. The New England Journal of Medicine, 357(4), 370-379. http://doi.org/10.1056/NEJMsa066082
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).

A imagem corporal (IC) pode ser definida como a imagem do corpo construída em nossa mente, bem como as percepções, sentimentos e pensamentos relacionados ao próprio corpo (Slade, 1994Slade, P. D. (1994). What is body image? Behaviour Research and Therapy, 32(5), 497-502. http://doi.org/10.1016/0005-7967(94)90136-8
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). Os aspectos sociais são os que apresentam maior relevância nessa construção, devido às influências dos valores de estética corporal na contemporaneidade (Marcuzzo et al., 2012Marcuzzo, M., Pich, S., & Dittrich, M. G. (2012). Construction of Body Image among Obese Subjects and Its Relationship with the Contemporary Imperatives for Body Beautification. Interface- Comunicação, Saúde e Educação, 16(43), 943-954. http://doi.org/10.1590/S1414-32832012005000041
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). A IC é constituída pela dimensão perceptiva, relacionada ao julgamento do tamanho e forma corporais, e dimensão atitudinal, que engloba componentes do comportamento, afetivos e cognitivos (Thompson, 1996Thompson, J. K. (1996). Body Image, Eating Disorders and Obesity. American Psychological Association. ). A insatisfação corporal é considerada um distúrbio atitudinal da IC e diz respeito à avaliação negativa que se tem sobre o próprio corpo, decorrente da percepção de uma discrepância entre a avaliação do corpo atual e o corpo considerado ideal (Grogan, 2008Grogan, S. (2008). Body Image: Understanding Body Dissatisfaction in Men, Women, And Children. London: Routledge.), que atualmente se fecha nas possibilidades de um corpo magro, moldado a suaves curvas e trabalhado esculturalmente em academias (Campos, et al., 2016Campos, M. T. A., Cecília, M. S., & Penaforte, F. R. O. (2016). Corpo-Vitrine, Ser Mulher e Saúde: Produção de Sentidos Nas Capas da Revista Boa Forma [Showcase Body Type, Being A Woman and Health: Sense Production on The Covers of Boa Forma Magazine]. Demetra, 11(3), 611-28. https://doi.org/10.12957/demetra.2016.22394
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).

Fatores sociais estão intimamente relacionados à insatisfação corporal, com destaque para a influência da mídia, que é considerada um dos principais fatores de risco para essa insatisfação (Conti, et al., 2010Conti, A. M., Bertolin, T. N. M., & Stela, V. S. (2010). A Mídia e O Corpo: O que O Jovem Tem a Dizer? [The Media and The Body: What the Young People Have to Say?]. Ciência & Saúde Coletiva, 15(4), 2095-2103. http://doi.org/10.1590/S1413-81232010000400023
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; Thompson et al., 1999Thompson, J. K., Heinberg, L., Altabe, M., & Tantleff-Dunn, S. (1999). Exacting Beauty:Theory, Assessment, and Treatment of Body Image Disturbance. American Psychological Association. ). A mídia de comunicação em massa, como revistas, televisão e internet, está impregnada de imagens de corpos idealizados, magros, delicados e bem torneados, que geram comparações de aparência e interferem na percepção que construímos de nosso próprio corpo e, consequentemente, contribuem para a insatisfação que temos com ele. Essas imagens também podem promover ideais inalcançáveis de beleza, uma vez que se distanciam muito dos corpos da maior parte da população (Marcuzzo et al., 2012Marcuzzo, M., Pich, S., & Dittrich, M. G. (2012). Construction of Body Image among Obese Subjects and Its Relationship with the Contemporary Imperatives for Body Beautification. Interface- Comunicação, Saúde e Educação, 16(43), 943-954. http://doi.org/10.1590/S1414-32832012005000041
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; Campos et al., 2016Campos, M. T. A., Cecília, M. S., & Penaforte, F. R. O. (2016). Corpo-Vitrine, Ser Mulher e Saúde: Produção de Sentidos Nas Capas da Revista Boa Forma [Showcase Body Type, Being A Woman and Health: Sense Production on The Covers of Boa Forma Magazine]. Demetra, 11(3), 611-28. https://doi.org/10.12957/demetra.2016.22394
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; Derenne & Beresin, 2006Derenne, J. L., & Beresin, E. V. (2006). Body Image, Media, and Eating Disorders. Academic Psychiatry, 30(3), 257-61. http://doi.org/10.1176/appi.ap.30.3.257
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). Além disso, há a manipulação por programas de edição de imagem computadorizados, que criam falsas imagens de corpos perfeitos (Krawitz, 2014Krawitz, M. (2014). Beauty Is Only Photoshop Deep: Legislating Models’BMIs And Photoshopping Images. JLM, 21, 859-874. ).

Com o advento da internet, as redes sociais - que se constituem em novos tipos de mídias - se popularizaram e passaram a ser largamente consumidos pela população. Essas plataformas permitem que seus usuários compartilhem, por meio de perfis públicos ou privados, aquilo que é de seu interesse, interajam com outros usuários e mostrem seu ponto de vista sobre determinados assuntos (Madeira & Galucci, 2009Madeira, C. G., & Galucci, L. (2009). Mídias Sociais, Redes Sociais e Sua Importância para As Empresas no Início do Século XXI [Social Media, Social Networks and Their Importance for Companies at the Beginning of the 21st Century]. Intercom - Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XXXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. ). Nas redes sociais, os usuários são, ao mesmo tempo, fonte e receptores de informação, e decidem ativamente a forma como participam dessas plataformas, diferente do que ocorre com os meios de comunicação em massa tradicionais, cujo consumo ocorre de forma mais passiva. Nesses espaços, é possível participar de diversas atividades, como compartilhamento de fotos, vídeos, informações sobre diferentes assuntos e suas próprias vidas, além de fazer comentários sobre as atividades dos outros. Exemplos de redes sociais bastante populares incluem Facebook, Instagram e Twitter (Holland & Tiggemann, 2016Holland, G., & Tiggemann, M. (2016). A Systematic Review of The Impact of The Use of Social Networking Sites on Body Image And Disordered Eating Outcomes. Body Image, 17, 100-110. http://doi.org/10.1016/j.bodyim.2016.02.008
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).

À semelhança do observado para a mídia tradicional, as redes sociais parecem exercer papel importante na construção e disseminação de padrões corporais idealizados (Holland & Tiggemann, 2016Holland, G., & Tiggemann, M. (2016). A Systematic Review of The Impact of The Use of Social Networking Sites on Body Image And Disordered Eating Outcomes. Body Image, 17, 100-110. http://doi.org/10.1016/j.bodyim.2016.02.008
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), com potenciais repercussões negativas na autoimagem e na satisfação corporal. Nesse sentido, a compreensão desse fenômeno é de fundamental importância, uma vez que a insatisfação corporal pode desencadear doenças de ordem física e psíquica, como o desenvolvimento de transtornos alimentares, depressão, baixa autoestima, comparação social, ansiedade, aumento de cirurgias plásticas estéticas e diminuição da qualidade de vida (Souza & Alvarenga, 2016Souza, A. C., & Alvarenga, M. S. (2016). Insatisfação com A Imagem Corporal em Estudantes Universitários- Uma Revisão Integrativa [Body Dissatisfaction among University Students - An Integrative Review]. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 65(3), 286-99. http://dx.doi.org/10.1590/0047-2085000000134
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).

Por se tratar de um fenômeno recente, há uma escassez de conhecimento científico sistematizado sobre o uso de redes sociais e suas repercussões na imagem corporal, especialmente no que tange a insatisfação com a imagem corporal. Entende-se que a sistematização desse conhecimento é importante para sua melhor compreensão, haja visto que o uso das redes sociais é parte importante da vida das pessoas. Portanto, este estudo teve por objetivo realizar uma revisão integrativa do crescente corpo de pesquisas que investigaram as repercussões do uso das redes sociais na imagem corporal de seus usuários.

Método

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura científica, que tem como objetivo a síntese do estado do conhecimento acerca de um determinado assunto, discutindo-o de maneira crítica e integrada, a fim de possibilitar o levantamento de lacunas que requerem novas pesquisas. O propósito inicial deste método de pesquisa é obter um profundo entendimento de um determinado fenômeno baseando-se em estudos anteriores (Broome, 2000Broome, M. E. (2000). Integrative Literature Reviews for The Development of Concepts. Em B. L. Rodgers, & K. A. Knafl (Orgs.). Concept Development in nursing: Foundations, Techniques and Applications. W.B Saunders Company.). Portanto, a revisão integrativa inclui a análise de pesquisas que são relevantes e irão servir como base para a tomada de decisões e a melhoria da prática clínica (Benefield, 2003Benefield, L. E. (2003). Implementing Evidence-Based Practice in Home Care. Home Healthcare Nurse, 21(12), 804-11. http://.doi.org/10.1097/00004045-200312000-00005
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). O procedimento realizado nesta revisão seguiu as etapas propostas por Mendes et al. (2008Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão Integrativa: Método de Pesquisa para a Incorporação de Evidências na Saúde e na Enfermagem [Integrative Literature Review: A Research Method to Incorporate Evidence in Health Care And Nursing]. Texto & Contexto - Enfermagem, 17(4), 758-64. ), que são: (1) identificação do tema e da questão norteadora; (2) estabelecimento de critérios de inclusão/exclusão; (3) categorização dos estudos; (4) avaliação dos estudos; (5) interpretação dos resultados e (6) síntese do conhecimento.

Para o presente trabalho, a pergunta de pesquisa foi definida a partir da estratégia PICO, que prevê a definição de participante (P), intervenção (I), comparação (C) e desfecho outcomes (O) (Harris et al., 2014Harris, J. D., Quatman, E., Manring, M. M., Siston, R. A., & Flanigan, D. C. (2014). How to Write A Systematic Review. The American Journal of Sports Medicine, 42(11), 2761-2768. https://doi.org/10.1177/0363546513497567
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). Pretende-se responder à questão norteadora: Quais são as repercussões das redes sociais (I) na imagem corporal (O) de seus usuários (P)?

Percurso da Seleção dos Artigos

A seleção dos artigos foi realizada por dois juízes independentes, entre março e abril de 2019. Caso houvesse discordância entre os revisores quanto à adequação do estudo, haveria uma avaliação por um terceiro juiz. Foram realizadas buscas nas bases de dados PubMed, Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO) e PsycINFO. Foram considerados trabalhos em português, inglês e espanhol. Estas bases de dados foram escolhidas por atingirem vasta literatura publicada sobre o tema de interesse nos âmbitos nacional e internacional, além de incluir periódicos conceituados na área da saúde.

Para as buscas, foram utilizados descritores indexados segundo a padronização do DeCs/MeSh, nas suas versões em português e inglês. O termo rede social (social networking) foi cruzado com os descritores autoimagem (self-concept) e imagem corporal (body image). Outros descritores não indexados, mas que se relacionam diretamente ao tema, também foram utilizados, sendo eles: rede social digital (digital social networking), mídias sociais (social media) e insatisfação corporal (body dissatisfaction), Facebook, Instagram, Twitter e Fitspiration. Estes unitermos apareceram em, pelo menos, um dos seguintes campos de busca: título, resumo, assunto e palavra-chave. A combinação de descritores para cada estratégia de busca utilizada em cada base de dados está descrita na Tabela 1.

Tabela 1
Número de Referências Encontradas nas Bases de Dados Segundo a Estratégia de Busca Utilizada

Os critérios de inclusão estabelecidos foram: (a) artigos publicados entre janeiro de 2006 a fevereiro de 2019; (b) estudos que abordassem diretamente a temática de interesse; (c) estudos empíricos; (d) estudos que estivessem disponíveis gratuitamente para leitura na íntegra e (e) estudos publicados nos idiomas português, inglês e espanhol. Foram excluídos: (a) materiais como monografias, editoriais, livros, capítulos de livros, resenhas e resumos em anais de congressos; (b) artigos de revisão de literatura e (c) estudos sobre elaboração e validação de instrumentos científicos. Os estudos que se repetiram em mais de uma base de dados foram computados apenas uma vez.

Para verificar se os artigos atendiam aos critérios de inclusão e exclusão, realizou-se uma avaliação por dois revisores independentes, obedecendo a seguinte ordem: (1) títulos de todos os estudos identificados; (2) resumos dos estudos selecionados na fase anterior; e (3) leitura completa dos textos selecionados. Após a exclusão dos artigos que não atenderam aos critérios de inclusão, foi realizado um fichamento de todos os artigos que compuseram o corpus de análise desse estudo, com as seguintes informações: título, autores, ano e local de publicação, base onde foi encontrado o estudo, delineamento, amostra, instrumentos utilizados, objetivos, principais resultados e principais conclusões.

Resultados

As buscas nas bases de dados originaram um total de 2.612 artigos. A base com maior número de artigos foi a PubMed (1.976), seguida pela PsycINFO (413), SciELO (170) e LILACS (53). Na primeira etapa da análise, excluíram-se 1.208 artigos duplicados. Posteriormente, foram excluídos 1.349 artigos, sendo o principal motivo da exclusão o fato de não abordarem diretamente a temática de interesse. Restaram 55 artigos para leitura na íntegra e, após essa leitura, 23 artigos foram excluídos, por não abordarem a temática das redes sociais ou da imagem corporal, totalizando 32 artigos, que compuseram o corpus dessa revisão. A Figura 1 apresenta o fluxograma de estratégia de seleção dos estudos de acordo com as normas PRISMA.

Figura 1
Etapas da Seleção dos Artigos Incluídos na Revisão

Dos artigos selecionados que avaliaram a relação entre uso de redes sociais e imagem corporal, foram destacados a autoria, o ano de publicação, a amostra, o delineamento do estudo, o objetivo central do estudo, os principais instrumentos utilizados para avaliação da imagem corporal e os principais resultados encontrados (Tabela 2).

Tabela 2
Estudos Internacionais e Nacionais Realizados Envolvendo Imagem Corporal e Redes Sociais (n=32)

O período com maior número de estudos publicados foi entre 2017 e 2016 (n= 17; 51,5%), e dentre os estudos avaliados os mais antigos foram publicados no ano de 2013 (Smith et al., 2013Smith, A. R., Hames, J. L., & Joiner, T. E. Jr. (2013). Status Update: Maladaptive Facebook Usage Predicts Increases in Body Dissatisfaction and Bulimic Symptoms. Journal of Affective Disorders, 149(1-3), 235-40. https://doi.org/10.1016/j.jad.2013.01.032
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; Tiggemann, & Slater, 2013Tiggemann, M., & Slater, A. (2013). NetGirls: The Internet, Facebook, and Body Image Concern in Adolescent Girls. International Journal of Eating Disorders, 46(6), 630-633. http://doi.org/10.1002/eat.22141
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). Os artigos encontrados são predominantemente internacionais (n=31; 96,8%), sendo encontrado apenas 1 estudo nacional (Lira et al., 2017Lira, A. G., Ganen, A. P., Lodi, A. S., & Alvarenga M. S. (2017). Uso de Redes Sociais, Influência da Mídia E Insatisfação com A Imagem Corporal de Adolescentes Brasileiras [Social Media Consume, Media Influence and Body Dissatisfaction among Brazilian Female Adolescents]. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 66(3), 164-171. http://dx.doi.org/10.1590/0047-2085000000166
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). O país com maior número de publicações foi a Austrália (n=13; 40,6%).

O tamanho amostral variou de 101 (menor número amostral) a 4.468 (maior número amostral) participantes e a minoria dos estudos relatou ter realizado cálculo amostral (n=04; 12,5%). A pesquisa com menor número amostral foi a de McLean et al. (2015McLean, S. A., Paxton, S. J., Wertheim, E. H., & Masters, J. (2015). Photoshopping The Selfie: Self-Photo Editing and Photo Investment Are Associated with Body Dissatisfaction in Adolescent Girls. International Journal of Eating Disorders, 48(8), 1132-1140. http://doi.org/10.1002/eat.22449
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), e a que contou com o maior número amostral foi a de Sampasa-Kanyinga et al. (2016Sampasa-Kanyinga, H., Chaput, J. P., & Hamilton, H. A. (2016). Use of Social Networking Sites And Perception And Intentions Regarding Body Weight among Adolescents. Obesity, Science & Practice, 2(1), 32-39. http://doi.org/10.1002/osp4.26
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). A maior parte dos trabalhos foi realizado exclusivamente com mulheres (n=27; 84,3%), seguida por estudos que incluíam homens e mulheres em sua amostra (n=03; 9,37%). Apenas dois estudos foram realizados exclusivamente com indivíduos do sexo masculino (Abbas & Karadavut, 2017Abbas, O. L., & Karadavut, U. (2017). Analysis of the Factors Affecting Men's Attitudes Toward Cosmetic Surgery: Body Image, Media Exposure, Social Network Use, Masculine Gender Role Stress and Religious Attitudes. Aesthetic Plastic Surgery, 41(16), 1454-1462. http://doi.org/10.1007/s00266-017-0882-3
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; Grifiths et al., 2018Griffiths, S., Murray, S. B., Krug, I., & McLean, S. A. (2018). The Contribution of Social Media to Body Dissatisfaction, Eating Disorder Symptoms, And Anabolic Steroid Use Among Sexual Minority Men. Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking, 21(3), 149-156. http://doi.org/10.1089/cyber.2017.0375
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). A faixa etária dos participantes variou de 17 a 30 anos, com exceção de dois estudos nos quais a média da idade dos participantes foi de 12 a 14 anos e 13 anos (Burnette et al., 2017Burnette, C. B., Kwitowski, M. A., & Mazzeo, S. E. (2017). “I Don’t Need People to Tell Me I’m Pretty on Social Media:” A Qualitative Study of Social Media And Body Image in Early Adolescent Girls. Body Image, 23, 114-125. http://doi.org/10.1016/j.bodyim.2017.09.001
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; McLean et al., 2015McLean, S. A., Paxton, S. J., Wertheim, E. H., & Masters, J. (2015). Photoshopping The Selfie: Self-Photo Editing and Photo Investment Are Associated with Body Dissatisfaction in Adolescent Girls. International Journal of Eating Disorders, 48(8), 1132-1140. http://doi.org/10.1002/eat.22449
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).

Grande parte dos estudos foi realizada com estudantes de graduação (n=18; 56,2%), como o estudo de Strubel et al. (2016Strubel, J., Petrie, T. A., & Pookulangara, S. (2016). “Like” Me: Shopping, Self-Display, Body Image and Social Networking Sites. Psychology of Popular Media Culture, 5(4), 1-17. https://doi.org/10.1037/ppm0000133
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), seguido por estudos realizados com estudantes de ensino médio (n=7; 21,8%). Somente dois estudos foram realizados com públicos específicos, sendo um (3,1%) desenvolvido com gestantes e um (3,1%) com homens que desejavam realizar cirurgia plástica estética.

Em relação ao delineamento, a maioria dos trabalhos (n=19; 59,3%) se enquadra no delineamento do tipo experimental, seguido pelo exploratório (n=05; 15,6%) e correlacional (n=05; 15,6%). Apenas um estudo (3,1%) foi do tipo observacional. Grande parte dos estudos (n= 27; 84,3%) são de corte transversal e apenas cinco (15,6%) são de corte longitudinal.

As publicações tiveram enfoque predominantemente exclusivo na metodologia quantitativa (n=31; 96,8%), com exceção de um artigo que teve enfoque misto (Burnette et al. 2017Burnette, C. B., Kwitowski, M. A., & Mazzeo, S. E. (2017). “I Don’t Need People to Tell Me I’m Pretty on Social Media:” A Qualitative Study of Social Media And Body Image in Early Adolescent Girls. Body Image, 23, 114-125. http://doi.org/10.1016/j.bodyim.2017.09.001
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). A rede social mais avaliada pelos pesquisadores foi a plataforma Facebook (n=11; 34,3%), seguida pelo Instagram (n=8; 25%). Estudos que não avaliaram uma rede social específica, mas sim o uso dessas plataformas de forma geral, totalizaram (n=11; 34,3%), sendo que um deles (3,1%) avaliou a plataforma Hyves, que é uma rede social específica da Holanda, e o Pinterest (3,1%).

Redes Sociais e Imagem Corporal

Diferentes instrumentos foram utilizados para avaliação da imagem e da satisfação corporal, com destaque para a utilização de Escalas Visuais Analógicas (EVA’s) nessas avaliações, empregada em 31,2% (n=10) dos trabalhos. A Sociocultural Attitudes Scale for Appearance (STAQ-3), que tem por objetivo avaliar em que medida as mulheres incorporam valores ou atitudes sociais sobre beleza e aparência que estão presentes nos meios de comunicação tradicionais, foi utilizada em quatro (12,5%) estudos. Alguns autores optaram por criarem seus próprios questionários para avaliar a imagem corporal dos seus participantes (n=4; 12,5%).

Em todos os estudos, (n=32; 100%) os autores buscaram avaliar como a exposição às redes sociais repercute na imagem e satisfação corporal dos seus usuários. Em alguns trabalhos, os autores também buscaram avaliar outras variáveis, como o comportamento alimentar dos participantes (n=4 ; 12,5%), o estado de humor (n=5; 15,6%), a autoestima (n= 2; 6,2%) e a comparação de aparência (n=6; 18,7%). Para a avaliação do uso das redes sociais, nos estudos que não tiveram delineamento experimental, os autores utilizaram questionários não validados ou elaborados pelos próprios autores, contendo perguntas como "Com que frequência você acessa o Facebook, Instagram, Snapchat?”, “Quantas horas por dia costumavam gastar em sites de redes sociais como Facebook, Twitter, MySpace e Instagram?”, “Quais redes sociais vocês possuem?” e “Qual o benefício ou malefício de seguir as redes sociais?.

Em quase todos os estudos (n=28; 87,5%), os resultados indicaram que o uso das redes sociais repercutiu de forma negativa na autoimagem corporal de seus usuários, especialmente em relação ao aumento da insatisfação corporal. Apenas três estudos (9,3%) não encontraram associação entre o uso das redes sociais e a satisfação corporal, que foram os de Fardouly et al. (2015Fardouly, J., Diedrichs, P. C., Vartanian, L. R., & Halliwell, E. (2015). Social Comparisons on Social Media: The Impact of Facebook on Young Women's Body Image Concerns and Mood. Body Image, 13, 38-45. http://dx.doi.org/10.1016/j.bodyim.2014.12.002
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), no qual os participantes tiveram o humor negativo aumentado com esse uso, mas sem impacto na satisfação corporal, de Strubel et al. (2016Strubel, J., Petrie, T. A., & Pookulangara, S. (2016). “Like” Me: Shopping, Self-Display, Body Image and Social Networking Sites. Psychology of Popular Media Culture, 5(4), 1-17. https://doi.org/10.1037/ppm0000133
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), cujos resultados indicaram que o uso do Facebook se relacionou positivamente com a internalização de ideais de beleza, mas não se relacionou com a satisfação corporal e o de Flynn (2016Flynn, M. A. (2016). The Effects of Profile Pictures and Friends' Comments on Social Network Site Users' Body Image and Adherence to the Norm. Cyberpsycholy, Behavior, and Social Network, 19(4), 239-45. http://doi.org/10.1089/cyber.2015.0458
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), no qual a exposição a imagens de corpos ideais no Facebook não gerou efeitos significativos na autoimagem corporal. Vale destacar também que no estudo realizado por Slater et al. (2017Slater, A., Varsani, N., & Diedrichs, P. C. (2017). #fitspo or #loveyourself? The Impact of Fitspiration and Self-Compassion Instagram Images on Women's Body Image, Self-Compassion, And Mood. Body Image, 22(1), 87-96. http://dx.doi.org/10.1016/j.bodyim.2017.06.004
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) as imagens que continham citações de autocompaixão apresentaram impacto positivo na satisfação corporal das participantes avaliadas. O significado do termo “autocompaixão” mencionado no estudo é “a capacidade do indivíduo reconhecer e aceitar que todos os seres humanos têm imperfeições e se encontrarão, em diversos momentos de suas vidas, em situações em que se sentirão inadequados”. Os estudos realizados por Cohen et al. (2017Cohen, R., Newton-John, T., & Slater, A. (2017). The Relationship between Facebook and Instagram Appearance-Focused Activities and Body Image Concerns in Young Women. Body Image, 23, 183-187. http://doi.org/10.1016/j.bodyim.2017.10.002
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) e Slater et al. (2019Slater, A., Cole, N., & Fardouly, J. (2019). The Effect of Exposure to Parodies of Thin-Ideal Images on Young Women’s Body Image and Mood. Body Image, 29, 82-89. https://doi.org/10.1016/j.bodyim.2019.03.001
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) mostraram que as imagens corporais postadas de forma positiva podem ser benéficas para evitar a insatisfação corporal.

Dentre as repercussões negativas encontradas nos estudos, podemos destacar que a exposição às redes sociais: (a) aumentou os níveis de insatisfação com a autoimagem corporal; (b) influenciou no tipo corporal que os usuários gostariam de ter, traduzido pelo corpo magro considerado como ideal; (c) aumentou os níveis de humor negativo, especialmente após exposição a imagens de corpos “ideais” de web-celebridades; (d) reduziu os níveis de autoestima; e (e) se associou positivamente com sintomas de transtornos alimentares.

Discussão

O objetivo do presente estudo foi realizar uma revisão integrativa do crescente corpo de pesquisas que investigaram as repercussões do uso das redes sociais na imagem corporal de seus usuários. Esta revisão integrativa da literatura apontou que, em quase todos os estudos analisados, as redes sociais repercutiram de forma negativa na imagem corporal de seus usuários e que, mesmo quando as redes sociais não interferiram diretamente na imagem corporal, seu uso gerou impacto negativo no estado de humor e na autoestima desses indivíduos, variáveis que guardam relação direta com a satisfação corporal.

A satisfação com a imagem corporal pode ser entendida como um processo que reúne não apenas aspectos biológicos, mas também aspectos emocionais. Trata-se de um fenômeno multidimensional, com destaque para as dimensões avaliativa (diferença entre o corpo atual e o considerado ideal) e afetiva (o quanto o indivíduo sofre devido a essa mudança) (Frost & Mckelvie, 2004Frost, J., & Mckelvie, S. (2004). The Relationship of Self-Esteem and Body Satisfaction to Exercise Activity for Male and Female Elementary School, High School, and University Students. The Online Journal of Sport Psychology, 7(4), 36-44. ; Sato et al., 2011Sato, P. M., Timerman, F., Fabbri, A. D., Scagliusi, F. B., & Kotait, M. S. (2011). A Imagem Corporal nos Transtornos Alimentares: Como O Terapeuta Nutricional Pode Contribuir para O Tratamento [Body Image in Eating Disorders: How The Nutritional Therapist Can Contribute to Treatment]. In M. Alvarenga, F. B. Scagliusi, & S. T. Philippi (Eds.). Nutrição e transtornos alimentares - avaliação e tratamento. Manole.). A frequente exposição a imagens de corpos idealizados divulgados na mídia e a discrepância dos ideais de beleza construídos pela sociedade frente a realidade corporal da maioria das pessoas aumentam as chances de insatisfação com seu tamanho e forma corporal, o que pode desencadear estados de humor negativo, baixa autoestima e transtornos alimentares (Hawkins et al., 2004Hawkins, N., Richards, P. S., Granley, H. M., & Stein, D. M. (2004). The Impact of Exposure to The Thin-Ideal Media Image on Women. Eating Disorders, 12, 35-50. http://doi.org/10.1080/10640260490267751
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; Moor, 2009Moor, A. (2009). Full of Power: The Relation between Women’s Growing Social Power and The Thin Female Beauty Ideal. Radical Psychology: A Journal of Psychology, Politics, & Radicalism, 8, 1- 14. ).

Apesar dos achados mostrarem que em quase todos os trabalhos houve repercussão negativa do uso das redes sociais na satisfação corporal, vale ressaltar que, no estudo realizado por Slater et al. (2017Slater, A., Varsani, N., & Diedrichs, P. C. (2017). #fitspo or #loveyourself? The Impact of Fitspiration and Self-Compassion Instagram Images on Women's Body Image, Self-Compassion, And Mood. Body Image, 22(1), 87-96. http://dx.doi.org/10.1016/j.bodyim.2017.06.004
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), os autores descobriram que as imagens que continham citações de autocompaixão apresentaram impacto positivo na satisfação corporal das participantes avaliadas, com maiores níveis de apreciação corporal e menores níveis de humor negativo, sinalizando que a repercussão positiva ou negativa gerada na satisfação corporal e humor dos usuários parece guardar relação com o tipo de mensagem e de imagem ao qual o indivíduo é exposto. Até mesmo o tipo de atividade que a pessoa realiza nas redes sociais pode gerar repercussões diferentes no quesito satisfação corporal, como demonstrado no estudo de Meier e Gray (2014Meier, E. P., & Gray, J. (2014). Facebook Photo Activity Associated with Body Image Disturbance in Adolescent Girls. Cyberpsychol Behavior and Social Network, 17(4), 199-206. http://doi.org/10.1089/cyber.2013
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), que demonstraram que apenas o tempo gasto no Facebook especificamente em atividades fotográficas (que incluem, predominantemente, a observação de imagens corporal de outros pares), e não o tempo total gasto nessa plataforma, se associou à maior insatisfação corporal, desejo pela magreza e internalização do ideal de corpo magro.

A relação entre mídia e insatisfação corporal parece ser mediada pela Comparação Social, especificamente pela comparação de aparência. Os indivíduos em geral, em especial as mulheres, tendem a avaliar regularmente sua aparência comparando-se com outros pares. Há uma tendência de quanto maior a comparação de aparências, maior a insatisfação corporal (Leyahey et al., 2007; Myers & Crowther, 2009Myers, T., & Crowther, J. (2009). Social Comparison as A Predictor of Body Dissatisfaction: A Meta-Analytic Review. Journal of Abnormal Psychology, 118(4), 683-698. http://doi.org/10.1037/a0016763
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). Com o uso das redes sociais, são muitas as oportunidades que os usuários têm de realizar a comparação de seus corpos com padrões corporais tidos como ideais, que são largamente difundidos nesse tipo de mídia e, consequentemente, de desenvolver e/ou aumentar os níveis de insatisfação com o próprio corpo, uma vez que tais padrões são excludentes, irreais e não abarcam a grande diversidade de formatos corporais apresentados pela população.

Além das repercussões negativas na imagem corporal, alguns estudos também observaram repercussões negativas no estado de humor (Slater et al., 2019Slater, A., Cole, N., & Fardouly, J. (2019). The Effect of Exposure to Parodies of Thin-Ideal Images on Young Women’s Body Image and Mood. Body Image, 29, 82-89. https://doi.org/10.1016/j.bodyim.2019.03.001
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; Mills et al., 2018Mills, J. S., Musto, S., Williams, L., & Tiggemann, M. (2018). “Selfie” Harm: Effects on Mood and Body Image in Young Women. Body Image, 27, 86-92. https://doi.org/10.1016/j.bodyim.2018.08.007
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; Slater et al., 2017Slater, A., Varsani, N., & Diedrichs, P. C. (2017). #fitspo or #loveyourself? The Impact of Fitspiration and Self-Compassion Instagram Images on Women's Body Image, Self-Compassion, And Mood. Body Image, 22(1), 87-96. http://dx.doi.org/10.1016/j.bodyim.2017.06.004
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; Fardouly et al., 2015Fardouly, J., Diedrichs, P. C., Vartanian, L. R., & Halliwell, E. (2015). Social Comparisons on Social Media: The Impact of Facebook on Young Women's Body Image Concerns and Mood. Body Image, 13, 38-45. http://dx.doi.org/10.1016/j.bodyim.2014.12.002
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; Tiggemann & Zaccardo, 2016Tiggemann, M., & Zaccardo, M. (2016). 'Strong Is the New Skinny': A Content Analysis of #fitspiration Images on Instagram. Journal of Health Psychology, 1-9. https://doi.org/10.1177/1359105316639436
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), na autoestima (Tiggemann & Zaccardo, 2016Tiggemann, M., & Zaccardo, M. (2016). 'Strong Is the New Skinny': A Content Analysis of #fitspiration Images on Instagram. Journal of Health Psychology, 1-9. https://doi.org/10.1177/1359105316639436
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; Strubel et al., 2016Strubel, J., Petrie, T. A., & Pookulangara, S. (2016). “Like” Me: Shopping, Self-Display, Body Image and Social Networking Sites. Psychology of Popular Media Culture, 5(4), 1-17. https://doi.org/10.1037/ppm0000133
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) e no comportamento alimentar dos participantes com o uso das redes sociais (Griffths et al., 2018Griffiths, S., Murray, S. B., Krug, I., & McLean, S. A. (2018). The Contribution of Social Media to Body Dissatisfaction, Eating Disorder Symptoms, And Anabolic Steroid Use Among Sexual Minority Men. Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking, 21(3), 149-156. http://doi.org/10.1089/cyber.2017.0375
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; McLean et al., 2015McLean, S. A., Paxton, S. J., Wertheim, E. H., & Masters, J. (2015). Photoshopping The Selfie: Self-Photo Editing and Photo Investment Are Associated with Body Dissatisfaction in Adolescent Girls. International Journal of Eating Disorders, 48(8), 1132-1140. http://doi.org/10.1002/eat.22449
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; Smith et al., 2013Smith, A. R., Hames, J. L., & Joiner, T. E. Jr. (2013). Status Update: Maladaptive Facebook Usage Predicts Increases in Body Dissatisfaction and Bulimic Symptoms. Journal of Affective Disorders, 149(1-3), 235-40. https://doi.org/10.1016/j.jad.2013.01.032
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). Os resultados sinalizam o alcance dos prejuízos emocionais que podem decorrer de seu uso e a associação entre esses prejuízos e a insatisfação corporal, que reconhecidamente favorece o desenvolvimento de transtornos alimentares, baixa autoestima, ansiedade, depressão e redução da qualidade de vida (Souza & Alvarenga, 2016Souza, A. C., & Alvarenga, M. S. (2016). Insatisfação com A Imagem Corporal em Estudantes Universitários- Uma Revisão Integrativa [Body Dissatisfaction among University Students - An Integrative Review]. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 65(3), 286-99. http://dx.doi.org/10.1590/0047-2085000000134
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). Uma vez que estar dentro dos padrões corporais exigidos pela sociedade atual parece conferir sensação de pertencimento, autoconfiança, poder e status, gerando sentimentos positivos que estão relacionados com saúde e bem-estar (Souza et al., 2013Souza, M. R. R., Oliveira, J. F., Nascimento, E. R., Carvalho, E. S. S. (2013). Droga de corpo! Imagens e Representações do Corpo Feminino em Revistas Brasileiras [Damn Body! Images and Representations of the Female Body in Brazilian Magazines]. Revista Gaúcha de Enfermagem, 34(2), 62-69. http://dx.doi.org/10.1590/S1983-14472013000200008
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), estar fora desses padrões acaba por gerar o efeito contrário.

O público feminino parece ser mais susceptível às influências da mídia na satisfação corporal (Ogden, 1996Ogden, J. (1996). A Vez do Gordo? Desfazendo O Mito da Dieta [The Fat One’s Turn? Unraveling the Diet Myth]. Imago.; Gonçalves & Martinez, 2014Gonçalves, V. O., & Martinez, J. P. (2014). Imagem corporal de adolescentes: um estudo sobre as relações de gênero e influência da mídia [Body Image of Adolescents: A Study on Gender Relations and Influence of The Mass Media]. Comunicação & Informação, 17(2), 139-154. https://doi.org/10.5216/31792
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; Souza & Alvarenga, 2016Souza, A. C., & Alvarenga, M. S. (2016). Insatisfação com A Imagem Corporal em Estudantes Universitários- Uma Revisão Integrativa [Body Dissatisfaction among University Students - An Integrative Review]. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 65(3), 286-99. http://dx.doi.org/10.1590/0047-2085000000134
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), inclusive quando se trata de redes sociais, o que pode justificar o fato de a maioria dos estudos analisados nessa revisão terem sido feitos com mulheres. A maioria dos meios midiáticos ditam e ensinam como a mulher deve ser: linda, magra, moderna, desejada por homens e invejada por outras mulheres, assim como ter estilo e estar informada sobre as últimas tendências. Por consequência, as mulheres se tornam mais susceptíveis a esses estereótipos de beleza e comportamento, se esforçando ao máximo para alcançar a excelência física almejada e as condutas aceitáveis pela sociedade (Silva et al., 2016Silva, J. M., Araújo, L. L., Silva, M. M., & Paiva, M. S. (2016, julho). A Influência da Mídia na Construção do Feminino: O Caso “Bela, Recatada e do Lar” [The Influence of The Media in The Construction of The Feminine: The Case of “Beautiful, Modest and Housewife”]. Intercom -Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação XVIII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste, Caruaru, PE, Brasil. ).

Todavia, é importante considerar que os homens não estão imunes à influência das redes sociais na imagem corporal. O estudo de de Vries et al. (2016De Vries, D. A., Peter, J., de Graaf, H., & Nikken, P. (2016). Adolescents' Social Network Site Use, Peer Appearance-Related Feedback, and Body Dissatisfaction: Testing a Mediation Model. Journal of Youth and Adolescence, 45(1), 211-24. http://doi.org/10.1007/s10964-015-0266-4
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), por exemplo, mostrou que o uso frequente das redes sociais prediz maior insatisfação corporal entre os participantes de ambos os sexos; o trabalho de Abbas e Karadavut (2017Abbas, O. L., & Karadavut, U. (2017). Analysis of the Factors Affecting Men's Attitudes Toward Cosmetic Surgery: Body Image, Media Exposure, Social Network Use, Masculine Gender Role Stress and Religious Attitudes. Aesthetic Plastic Surgery, 41(16), 1454-1462. http://doi.org/10.1007/s00266-017-0882-3
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), realizado somente com indivíduos do sexo masculino, concluiu que o uso frequente das redes sociais, o maior tempo gasto na televisão e menores níveis de satisfação corporal foram fatores preditores para os homens desejarem realizar cirurgias estéticas, indicando que eles também são influenciados pelo conteúdo das redes sociais. Assim como o trabalho de Griffths et al (2018Griffiths, S., Murray, S. B., Krug, I., & McLean, S. A. (2018). The Contribution of Social Media to Body Dissatisfaction, Eating Disorder Symptoms, And Anabolic Steroid Use Among Sexual Minority Men. Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking, 21(3), 149-156. http://doi.org/10.1089/cyber.2017.0375
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) também mostrou que a maior frequência do uso de mídia social (em especial facebook, instagram e snapchat) correspondeu a maiores preocupações com a imagem corporal e sintomas de transtornos alimentares.

O ano das publicações sinalizam que o uso das redes sociais é um fenômeno recente. A maioria dos estudos publicados se concentra nos anos de 2016 e 2017, e o ano mais antigo de publicação data de 2013. As plataformas mais pesquisadas pelos autores foram o Facebook, criado em 2004, seguido pelo Instagram, criado em 2010. Apesar de o Facebook ter sido criado em 2004, sua última grande expansão ocorreu em 2006, com o alargamento da permissão de acesso a qualquer internauta com idade superior a 13 anos e com um endereço de e-mail válido (Correia & Moreira, 2014Correia, P. M. A. R., & Moreira, M. F. R. (2014). Novas Formas de Comunicação: História do Facebook- Uma História Necessariamente Breve [New Forms of Communication: Facebook History - A Necessarily Brief History]. ALCEU, 14(28), 168- 187.). O uso das redes sociais é parte importante do estilo contemporâneo, disseminando valores, conceitos e normas, e podem tanto influenciar valores e padrões estéticos incorporados pela sociedade quanto transmitir e reforçar ideais sociais relacionadas ao corpo (Furtado, 2009Furtado, E. R. G. (2009). Representações Sociais do Corpo, Mídia e Atitudes [Social Representations of the Body, Media and Attitudes]. [Doctoral Dissertation, Federal University of Santa Catarina]. Institutional Repository UFSC. http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/92473
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). Os números das redes sociais nos revelam a dimensão alcançada por estes serviços no contexto da internet, apesar de ser um fenômeno recente. Estima-se que o número de usuários que acessam diariamente o Facebook e o Instagram gire em torno de 400 milhões em todo o mundo (Rocha et al., 2011; Chou & Edge, 2012).

Merece destaque o fato de que 96,8% dos estudos que compõe o corpus dessa revisão são internacionais, com apenas um estudo nacional tendo sido publicado na temática, no ano de 2017 (Lira et al., 2017Lira, A. G., Ganen, A. P., Lodi, A. S., & Alvarenga M. S. (2017). Uso de Redes Sociais, Influência da Mídia E Insatisfação com A Imagem Corporal de Adolescentes Brasileiras [Social Media Consume, Media Influence and Body Dissatisfaction among Brazilian Female Adolescents]. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 66(3), 164-171. http://dx.doi.org/10.1590/0047-2085000000166
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). Apesar de vivermos em uma era globalizada, não se deve desconsiderar a importância das influências culturais na construção tanto da imagem quanto da satisfação corporal, ou seja, a cultura desempenha um papel fundamental na maneira como o indivíduo percebe e deseja a sua imagem corporal (Alves et al., 2009Alves, D., Pinto, M., Alves, S., Mota, A., & Leirós, V. (2009). Cultura e Imagem Corporal. Motricidade [Culture and Body Image], 5(1), 1-20. ). Nesse sentido, é necessária certa cautela na generalização dos achados encontrados para todas as populações, especialmente quando se trata de culturas muito distintas.

Debates que visam abarcar reflexões sobre corporeidade, cultura e influências publicitárias como fontes potenciais na constituição de uma subjetividade não somente individual, mas também coletiva, vem avançando na literatura, inclusive na cultura brasileira (Tilio, 2014Tilio, R. (2014). Padrões e Estereótipos Midiáticos na Formação de Ideais Estéticos em Adolescentes do Sexo Feminino [Media Standards and Stereotypes and The Formation of Aesthetic Ideals in Female Teenage Subjects]. Revista Ártemis, 18(1), 147-159. https://doi.org/1 0.15668/1807-8214/artemis.v18n1p147-159
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; Goldenberg, 2011Goldenberg, M. (2011). Afinal, O Que Quer A Mulher Brasileira? [After All, What Does the Brazilian Woman Want?]. Psicologia Clínica, 23(1), 47-64.; Goulart, 2000Goulart, C. M. (2000). A Apropriação da Linguagem Escrita e O Trabalho Alfabetizador na Escola [The Appropriation of The Written Language and The Laboratory Work at School]. Cadernos de Pesquisa, 110, 157-175. ; Miranda, 2007Miranda, G. L. (2007). A História da Evolução da Mídia no Brasil e no Mundo [The History of Media Evolution in Brazil and in the World]. [Undergraduate Thesis, Centro Universitário de Brasília]. uNIceub Repository. https://repositorio.uniceub.br/jspui/bitstream/123456789/1265/2/20266495.pdf
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; Santolin, 2012Santolin, C. B. (2012). O Nascimento da Obesidade: Um Estudo Genealógico do Discurso Patologizante [The Birth of Obesity: A Genealogical Study of Pathological Discourse] [Master’s Thesis, Federal University of Pelotas]. http://cev.org.br/arquivo/biblioteca/4031636.pdf
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). Contudo, a grande escassez de estudos no cenário nacional que exploram as repercussões das redes sociais na imagem corporal de seus usuários aponta para a necessidade do desenvolvimento de estudos nessa temática, para avançarmos em relação à sua compreensão.

Considerações Finais

Este estudo oferece uma série de informações sobre as repercussões das redes sociais na imagem corporal de seus usuários e contribui para ampliar o ainda pequeno - porém crescente - corpo de estudos, que visa ampliar o entendimento das relações entre o uso das redes sociais e a imagem corporal. Essa revisão da literatura também permitiu identificar que as redes sociais repercutem predominantemente de forma negativa na imagem corporal dos seus usuários. Vale lembrar que tal repercussão parece guardar relação com o tipo de imagem e mensagem que está sendo divulgado, e também com as atividades realizadas durante o uso dessas plataformas, sinalizando a complexidade do tema.

Os resultados encontrados na presente revisão sugerem que o corpo (cada vez mais) magro, excessivamente difundido pela mídia, é um forte fator de influência na autopercepção da imagem corporal e na internalização desse ideal corporal, com incorporação ou aceitação do seu valor, podendo afetar não somente atitudes, mas também o comportamento pessoal dos sujeitos (Cafri et al., 2005Cafri, G., Yamamiya, Y., Brannick, M., & Thompson, J. K. (2005). The Influence of Sociocultural Factors on Body Image: A Meta-Analysis. Clinical Psychology: Science and Practice, 12, 421-433. https://doi.org/10.1093/clipsy/bpi053
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). Somado a isso, pode gerar distorções na percepção que os indivíduos têm em relação aos seus próprios corpos, bem como dos corpos de outras pessoas, gerando uma relativização corporal, fazendo com que corpos que antes eram considerados “normais” passem a ser vistos como corpos “gordos” e corpos que eram sinônimos de fome, escassez e até mesmo de doença, sejam almejados e vistos como belo.

A presente revisão da literatura avaliou artigos indexados em bases de dados que atingem uma vasta literatura no âmbito nacional e internacional, incluindo periódicos conceituados na área da saúde, embora não tenha abarcado todas as bases de dados existentes. Apesar disso, os trabalhos analisados indicam que as redes sociais repercutem de forma negativa na imagem corporal de seus usuários, aumentando os níveis de insatisfação corporal. A partir dessas considerações, destaca-se a importância de se realizar pesquisas nesse eixo temático, notadamente no cenário nacional, haja vista a sua atual escassez. A melhor compreensão desse fenômeno é relevante, uma vez que pode amparar o estabelecimento de intervenções oportunas com o intuito de minimizar as repercussões negativas das redes sociais não apenas na satisfação corporal, mas também na saúde mental e física de seus usuários.

References

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    Este trabalho foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG; APQ-00071-18).

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    11 Jan 2021
  • Data do Fascículo
    2020

Histórico

  • Recebido
    06 Fev 2018
  • Revisado
    18 Jan 2019
  • Aceito
    23 Dez 2019
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