O artigo visa pensar a especificidade do conceito lacaniano de objeto a, distinguindo-o do objeto tal como é construído pelas ciências experimentais. Ao mesmo tempo, seguindo as indicações de Lacan de que o a seria uma metáfora do objeto de conhecimento, busca-se o sentido em que o objeto da psicanálise e o objeto da ciência poderiam ser aproximados. A conclusão é que seu traço em comum é a propriedade de invariabilidade. O caráter de invariabilidade do a será considerado em uma dupla acepção: como causa de desejo e como mais-gozar, na tentativa de encontrar uma dimensão em que ambas se articulem.
objeto a; objeto científico; causa de desejo; mais-gozar