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Desculpas

EDITORIAL

Desculpas

Gostaria de me dirigir aos assinantes nesta oportunidade. Vocês não receberam, até o momento, a versão impressa da última publicação da revista (volume 26, número 1). Muitos não sabem o motivo desse imenso atraso. Bem, não é propriamente um atraso, já que a revista foi publicada em maio, tanto na forma eletrônica quanto na forma impressa. Entretanto, a forma impressa não chegou às mãos dos assinantes em função da greve, de aproximadamente quatro meses, dos funcionários da Universidade de Brasília. Essa greve tem impossibilitado a continuidade de diversas rotinas administrativas, dentre elas, a remessa de materiais por meio dos Correios. Assim que a greve for finalizada, o material será enviado. Peço desculpas por qualquer inconveniente causado por esse fato. Aproveito para lembrar que o último número da revista será substituído por este (volume 26, número 2) no site da revista, mas continuará disponível no site da da Scielo.

Eis, então, um novo número da revista, repleto de artigos que representam áreas tradicionais, assim como áreas emergentes da psicologia nacional. No primeiro artigo, Annie Catharine Wielewicki Bueno, Bruna Colombo dos Santos e Cynthia Borges de Moura revisam a literatura sobre obediência infantil às demandas parentais, enfatizando a mensuração desse comportamento e seus determinantes ambientais. Em seguida, em outro estudo também relacionado ao comportamento infantil, Bianca Bernardes e Elisa Kern de Castro avaliam a contribuição da dinâmica das relações familiares para a dor abdominal recorrente em crianças. Teresa Helena Schoen-Ferreira, Maria Aznar-Farias e Edwiges Ferreira de Mattos Silvares mostram que o entendimento da adolescência, da antiguidade aos momentos atuais, requer uma análise das variáveis culturais pertinentes à cada época. Ainda sobre adolescência, Aida Souza Morales e Cecília Guarnieri Batista indicam que o conceito de sexualidade apresentado por jovens com deficiência intelectual revela a influência de fatores socioculturais bem estabelecidos. A sexualidade é foco também do trabalho de Aline Beckmann Menezes, Regina Célia Souza Britto e Alda Loureiro Henriques, as quais analisam a relação entre gênero e orientação sexual com base na proposta da Psicologia Evolucionista de interação entre variáveis biológicas e socioculturais.

Renato de Moraes e Eliane Mauerberg-DeCastro investigam a consistência entre a percepção de idosos do ato de sentar e levantar e o grau de dificuldade motora por eles exibido na execução desse ato. Por sua vez, Silvia Aparecida Fornazari e Renatha El Rafihi Ferreira relatam que a religiosidade/espiritualidade reduz o estresse e melhora a qualidade de vida de pacientes oncológicos. Alexandre José Loureiro Ribeiro e Wânia Cristina de Souza demonstram que a percepção de luminosidade é afetada pela organização espacial de figura-fundo. A produção nacional sobre equivalência de estímulos no período de 1997 a 2007 é avaliada por Juliana Barboza Caetano e Verônica Bender Haydu. Viviane Marchezini-Cunha e Emmanuel Zagurt Tourinho examinam padrões comportamentais assertivos/agressivos/passivos à luz do tratamento analítico-comportamental dos conceitos de autocontrole e impulsividade.

Luciani De Conti e Tânia Mara Sperb apontam a relevância da análise estrutural da narrativa de sessões clínicas para avaliar a organização das ações de estagiários de Psicologia em sua práxis psicoterapêutica. Ainda no contexto da psicoterapia, Emerson F. Rasera e Carla Guanaes também avaliam registros de sessões em busca do entendimento do processo de mudança em terapia familiar.

A avaliação de serviços públicos de saúde, como o Programa Saúde na Família e Centros de Referência, feita for seus usuários e por usuários de policlínicas privadas é apresentada por Francisco José Batista de Albuquerque e Cynthia de Freitas Melo. Viviane Vieira, Lílian Costa Silveira, Mauro Luís Vieira e Alessandra Bonassoli Prado mostram que a história de vida de mães, suas condições sociodemográficas e o contexto onde residem afetam o investimento materno e as estratégias reprodutivas dessas mães. Simone Souza da Costa Silva, Fernando Augusto Ramos Pontes, Thamyris Maués dos Santos, Julia Bucher Maluschke, Leila Said Assef Mendes, Daniela Castro dos Reis e Sarah Danielle Baia da Silva propõem um instrumento qualitativo de investigação das rotinas de famílias isoladas em termos geográficos e sociais, mais especificamente, de ribeirinhos amazônicos. Por sua vez, Carolina Fernandes Pombo-de-Barros e Angela Arruda discutem a relação entre a teoria do desenvolvimento emocional (Winnicott) e a teoria das representações sociais (Moscovici), visando identificar a contribuição da afetividade para a construção de representações sociais da esfera pública no Brasil.

Ronaldo Pilati, Fabio Iglesias, Bárbara Requião de Lima e Carolina Vieira de Simone investigam a influência do sexo, da densidade de transeuntes e da categorização social sobre o comportamento de ajuda. Renata Carvalho Varanda, Thaís Zerbini e Gardênia Abbad relatam o processo de construção e validação da Escala de Reações à Interface Gráfica, utilizada para avaliar a opinião de alunos sobre a usabilidade da interface gráfica de um curso a distância. Na área da Psicologia dos Esportes, Priscila Garcia Marques da Rocha, José Lopes Vieira e Solange Marta Franzói de Moraes indicam que a exatidão da informação sobre a duração da corrida alteram o afeto, a percepção subjetiva do esforço , a frequência cardíaca e o cortisol de atletas. Finalmente, Liliane Camargo e Fábio Belo discutem a relação entre Psicologia e Direito a partir do caso de um indivíduo surdo-mudo condenado ao internamento em uma instituição psiquiátrica devido à uma tentativa de homicídio.

Creio que a leitura desses artigos será muito enriquecedora para todos.

Josele Abreu-Rodrigues

Editora

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Set 2010
  • Data do Fascículo
    Jun 2010
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