Trata-se de um estudo de caso cujo objetivo foi investigar a afetividade intergrupal com base na implantação de política afirmativa para o ingresso de negros nas universidades públicas. O enfoque teórico foi o da Socionomia e o contexto foi a Universidade de Brasília. Os sujeitos foram 5 estudantes e 5 integrantes de uma ong. Os instrumentos foram um sociodrama e entrevistas semi-estruturadas. A autocobrança para excelente desempenho acadêmico, por parte dos cotistas e do estudante negro, foi uma das atitudes mais presentes, na busca de saída para a discriminação vivida ou sentida no processo inclusivo. A dinâmica afetiva dos estudantes universalistas foi a indiferença e o descaso ou desqualificação em relação às causas raciais. Concluímos que um projeto de inclusão racial efetiva depende de uma intervenção psicossocial multidisciplinar voltada para as redes sociométricas visando à flexibilização da identidade, o diálogo empático, a solidariedade entre os estudantes.
afetividade; participação política; universidade; sociometria