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EDITORIAL

Temos presenciado avanços espetaculares na área da medicina e do manejo do corpo. Procedimentos eficazes restabelecem a saúde do corpo e, mais do que isso, restauram até mesmo partes da juventude perdida, corrigem a natureza. Mas há também, o que parece ser mais fundamental para uma grande parcela da humanidade sofredora que não tem acesso àqueles procedimentos custosos, notáveis progressos na compreensão do que é saúde. As ações e intervenções propriamente médicas não podem, muitas vezes, apesar de sua sofisticação tecnológica e da precisão de seus instrumentos, promover a saúde. O avanço deu-se na compreensão de que um sujeito humano não é uma mônada biológica, sem janelas para o mundo, e que além das doenças derivadas de agentes patogênicos internos e externos, outros agentes, notadamente sociais, econômicos e políticos, podem estar atuando e causando danos graves aos indivíduos e às coletividades envolvidas. A organização Mundial da Saúde tem insistido na idéia de qualidade de vida, englobando conceitos e estratégias que transcendem muito o limite da saúde definido pela presença ou não da doença. Por esses motivos a Psicologia, e outras ciências sociais, têm sido chamadas a ocupar um importante lugar no mundo da saúde. Os artigos contidos neste número da revista representam um amplo e crescente espectro de pesquisa e de intervenções, dentro da diversidade que caracteriza o campo de articulações entre a Psicologia e a Saúde.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    20 Set 2002
  • Data do Fascículo
    2002
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