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Pitiose em cães na região semiárida do Nordeste, Brasil

RESUMO:

Descrevem-se os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos de cinco casos de pitiose em cães na região semiárida do Nordeste. A doença ocorreu em cães com idade entre um e três anos, fêmeas e machos, de diferentes raças. Os cães eram criados em zona urbana, mas ocasionalmente eram levados para zona rural e tinham contato com áreas alagadas. Em um caso não havia informações no histórico sobre acesso à zona rural. Os principais sinais clínicos observados foram perda de peso, vômito, diarreia e tenesmo. Macroscopicamente havia espessamento da parede do intestino com massas firmes, irregulares, com áreas granulares amareladas entremeadas por tecido esbranquiçado, no duodeno, cólon e reto, que se estendia ao pâncreas e linfonodos, além de fígado e vagina. Na pele havia área de alopecia e ulcerações irregulares, algumas contendo pequenas cavitações com secreção serosanguinolenta. Microscopicamente havia inflamação piogranulomatosa e em um caso também havia necrose eosinofílica associada a imagens negativas tubuliformes pela hematoxilina e eosina, fortemente impregnadas pelo GMS e fracamente coradas pelo PAS. As hifas foram fortemente imunomarcadas pela imuno-histoquímica com anticorpo policlonal anti-Pythium insidiosum. A doença ocorre esporadicamente em cães no semiárido nordestino, entretanto deve ser incluída no diagnostico diferencial das doenças em cães com evolução crônica e proliferativa que acometem o sistema gastrintestinal, e frente a lesões cutâneas de difícil tratamento.

TERMOS DE INDEXAÇÃO:
Pitiose; caninos; Pythium insidiosum; granuloma.

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