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Toxoplasma gondii no sêmen de suínos experimentalmente infectados

Oito reprodutores suínos foram divididos em três grupos e inoculados com Toxoplasma gondii [GI (n=3) 1.5x10(4) oocistos cepa P; GII (n=3) 1.0x10(6) taquizoítos cepa RH, e GIII (n=2) controle, não inoculados]. Exames clínicos, hematológicos, de parasitemia e sorológicos foram realizados para avaliar a infecção toxoplásmica. Pesquisa do parasito no sêmen, por meio do bioensaio e pela técnica da PCR, e em órgãos do sistema reprodutor (bioensaio e imunohistoquímica) foi realizada. Sangue e sêmen foram colhidos nos dias -2, -1, 1, 3, 5, 7, 9, 11, 14, e semanalmente até o 84º dia pós-infecção (DPI). Nenhuma alteração clínica ou hematimétrica foi observadda nos animais. Parasitemia foi detectada em um animal inoculado com oocistos no 7º DPI e em outro inoculado com taquizoítos (GII) nos 3º e 49º DPI. A sorologia revelou a presença de anticorpos contra T. gondii nos animais inoculados com oocistos ou taquizoítos no 7º DPI com títulos de 1:256 e 1:64, que atingiram picos de 1:4096 nos dias 11 e 9, respectivamente. O bioensaio revelou a presença do parasita em amostras seminais de um animal inoculado com oocistos (GI) nos 3º, 49º e 56º DPI, e de dois animais infectados com taquizoítos (GII), um deles no 5º DPI e os dois ao 49º DPI. Pela PCR, o DNA de T. gondii foi detectado no sêmen dos Suínos 1 e 3 inoculados com taquizoítos e oocistos, respectivamente. A imunohistoquímica revelou T. gondii em órgão do aparelho reprodutor dos Suínos 1 e 2, inoculados com taquizoítos e oocistos, respectivamente. Esses achados sugerem a possibilidade da ocorrência da transmissão venérea do T. gondii em suínos.

Toxoplasmose; suíno; sêmen; PCR; bioprova


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