RESUMO
O artigo analisa a construção da psicologia desde o cotidiano popular de Guayaquil, Equador, a partir de uma etnografia crítica multissituada. Os resultados descrevem interpretações em torno de bem e mal-estar, e alternativas terapêuticas, assim como observações sobre a tensão entre psicologização e resistência cultural, a representação dos psicólogos como portadores de um papel carregado de expertise e moralidade, e certas expectativas populares em relação ao seu trabalho. Mesmo que parcial, a análise envolve debates em curso a respeito de processos de psicologização, e reforçam a importância de aprofundar uma formação intercultural em contextos urbanos heterogêneos e desiguais, com configurações complexas que reúnem bem-estar, sofrimento social e mal-estar cotidianos.
PALAVRAS-CHAVE:
Etnografia; cultura; psicologia; psicologização; Equador