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Organizational design for institutional change: the case of MPB festivals, 1960 to 1968

Uma preocupação central na pesquisa inserida no neo-institucionalismo é o surgimento de campos organizacionais. Esse artigo explora a emersão do campo da MPB em paralelo com a organização de festivais de música nos anos sessenta. Os festivais foram importantes ao combinar músicos, júri e a platéia em um fórum relativamente protegido da influência da indústria fonográfica. Através dessa interação foi possível a introdução e difusão de novas tendências no campo de música popular. Ao mesmo tempo, os festivais permitiram a consagração da categoria MPB como uma forma artística distinta do restante da música popular. A estrutura dos festivais provocou duas conseqüências nãointencionais: o conflito entre os músicos e a platéia, e entre os músicos e o juri. Enquanto vários músicos lutavam para conquistar a autonomia para a sua atividade artística, a platéia exigia supremacia. Como resultado, vários músicos exerceram pressão sobre os júris para proteger os critérios estéticos da influência da platéia. A conclusão propõe uma avaliação crítica do papel dos festivais na evolução do campo da MPB.

neo-institucionalismo; campos organizacionais; teoria organizacional; sociologia das artes; indústria fonográfica


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