RESUMO
O processo de construção da paz na Colômbia envolve uma série de fenômenos sociopolíticos que podem ser abordados no campo organizacional. O objetivo deste artigo foi analisar o processo de paz na Colômbia, seu acordo e a gestão social de seu pós-acordo a partir das teorias críticas dos Estudos Organizacionais, tomando algumas das taxonomias levantadas por Alvesson e Deetz. A abordagem metodológica foi qualitativa, com um método analítico e uma metodologia interpretativa baseada em categorias de análise sobre os vínculos do processo de paz com a naturalização da ordem social, a universalização dos interesses gerenciais, a razão instrumental e a produção de consentimento; nesse processo, foram relacionadas as posições teórico-conceituais, as narrativas do processo de paz e suas manifestações organizacionais. A discussão relacional mostra que existem várias estruturas de dominação implícitas na construção da paz, com decisões que seguem a lógica da eficiência gerencial e ideologias do arcabouço organizacional. O artigo convida à transformação profunda da estrutura organizacional da paz, gerando discursos, estratégias e ações coletivas mais comprometidas com a equidade e a justiça social no marco do que é legalmente pactuado.
Palavras-chave:
estudos Organizacionais; processo de paz; acordo de paz e pós-acordo; teoria critica