RESENHA BIBLIOGRÁFICA
Luís César G. de Araújo
A organização do treinamento
Por lvor K. Davies. São Paulo, Editora McGraw-Hill do Brasil, 1976.
Segando o autor "a finalidade deste livro é a de mostrar os princípios de motivação e produtividade necessários à organização da instrução, com o objetivo de aumentar a eficiência e a eficácia do treinamento industrial. Daí as relações, tanto com a mecânica ou técnica de instrução quanto com a administração do treinamento".
Foram consideradas duas hipóteses básicas na elaboração deste livro:
1. Muitos administradores e instrutores de treinamento têm a tendência para sobreinstruir. Sobrecarregar a situação de ensino e subestimar o papel dos alunos.
2. O problema da motivação dos alunos é, provavelmente, mais o resultado do modo pelo qual o treinamento é ministrado, do que da relutância daqueles em trabalhar arduamente.
Um sistema de treinamento é sempre servidor de um sistema maior. Sê falhar, deve ser modificado ou eliminado. Os objetivos a serem alcançados é que justificam tal sistema. Deve vidades e acompanhar mudanças circunstanciais. Deverá indicar como economizar tempo e dinheiro e como investir esses fatores em busca de melhores resultados.
Com base nestas premissas é que surge a necessidade de: 1. Caracterizar treinamento em uma época de mudança. 2. Abordar de maneira prática o planejamento do treinamento. 3. Discorrer acerca da alocação e arranjo de recursos para aprendizagem. 4. Tratar da avaliação e eficácia do treinamento.
Esses tópicos são amplamente desenvolvidos pelo autor e seus colaboradores em quatro partes, a saber:
Parte 1: Fica o leitor apto a explicar porque a eficácia é problema central de treinamento; tomar contato com o modelo de Sheffield; discutir o trabalho de Argyris em termos de competência do estudante e métodos de treinamento; distinguir entre instrutores da teoria X e da teoria Y; discutir acerca da aplicação da motivação de Herzberg - teoria da higiene para o delineamento de uma tarefa de aprendizado; verificar como a administração por objetivos, instrução individualizada e naoindividualizada e administração por exceção, podem ser usualmente aplicadas a uma situação de treinamento. Enfim, ficar consciente de uma abordagem sistemática e integrada de treinamento e valorizá-la.
Parte 2: São amplamente tratados os quatro subsistemas do Sistema Sheffield; são discutidas as oito etapas de preparação de um programa de treinamento; estabelecimento de critérios para eliminação ou redução das necessidades de treinamento; critérios para a seleção de uma estratégia de treinamento.
Parte 3: Desenvolve as questões relativas à alocação e arranjo de recursos para aprendizagem. Aqui são tratados três temas básicos: a) recursos disponíveis a um treinador-administrador; b) papéis que os treinadores podem praticar numa situação de aprendizagem; c) relações entre treinadores e treinandos e as estratégias disponíveis.
Parte 4: Trata de avaliação da eficácia do treinamento, considerando: a) o papel da avaliação; b) a natureza das inter-relações que existem entre objetivos, métodos de ensino e as várias estratégias de avaliação; c) considerações técnicas tais como fidedignidade e validade, e as diferenças entre critérios e testes de referências normalizadas; d) as diferenças técnicas de avaliação que podem ser usadas para determinar se os objetivos cognitivos, afetivos e psicomotores foram atingidos com pleno sucesso; e) como a eficácia de um programa de aprendizagem pode ser avaliada.
A obra traz informações acerca da visão moderna do treinamento. Aborda, sem dúvida alguma, as relações entre objetivo, técnica de ensino e método de avaliação, estabelecendo a sua independência em relação ao tipo de treinamento desejado.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
09 Ago 2013 -
Data do Fascículo
Ago 1976