O presente artigo procura mostrar as contradições e conflitos inerentes às relações de trabalho submetidas à lógica do sistema capitalista de produção por meio do controle social no trabalho. Esse controle foi analisado a partir de quatro instâncias organizacionais - mítica, sócio-histórica, organizacional e grupal - de base psicossociológica, com o intuito de ampliar uma matriz teórico-metodológica utilizada nos estudos organizacionais na linha de pesquisa Economia Política do Poder. Na presente pesquisa foi possível identificar dissonâncias entre o ambiente prescrito e o real, bem como o exercício do controle social por resultados por meio do estímulo à competição interna, à individualidade e à busca da identificação individual ao sucesso organizacional. Esses mecanismos de controle correspondem a valores intrínsecos do sistema capitalista de produção enquanto estratégias de gestão empresarial.
Controle social; relações de trabalho; poder; instâncias psicossociológicas; dominação