RESUMO
Objetivo:
Esta pesquisa foi baseada na hipótese do "trabalhador feliz, produtivo". O objetivo foi analisar as relações preditivas, por meio de abordagem multinível, entre as variáveis bem-estar no trabalho, justiça organizacional e suporte organizacional e a variável critério desempenho individual no trabalho.
Originalidade/valor:
O estudo multinível do desempenho no trabalho e suas relações com bem-estar e variáveis organizacionais ainda são uma lacuna atual na literatura, assim como a possibilidade de testar se o bem-estar no trabalho pode ser considerado um fenômeno coletivo. A presença do suporte organizacional no modelo, operacionalizado em nível de equipe, representa uma importante contribuição, assim como para o desenvolvimento de teorias voltadas para o papel das equipes nas organizações, especialmente seu impacto nas variáveis organizacionais.
Design/metodologia/abordagem:
Considerando a análise proposta em dois níveis diferentes, adotou-se um modelo multinível. A amostra final foi composta por 730 indivíduos e 32 unidades. Coletaram-se os dados por meio de questionário composto por quatro escalas previamente validadas. A análise dos dados seguiu as seis etapas propostas por Hox, Moerbeek e Schoot (2017) para modelos multiníveis para cada uma das amostras.
Resultados:
O modelo explicativo apresentou uma relação preditiva entre realização (fator de bem-estar no trabalho), operacionalizada como variável de nível individual, e desempenho individual do trabalho; relação preditiva entre justiça interacional, também operacionalizada como variável individual, e desempenho individual do trabalho; e relação preditiva entre as percepções coletivas de suporte organizacional, operacionalizada como variável de nível de equipe, e desempenho individual do trabalho.
PALAVRAS-CHAVE:
Percepções coletivas; Desempenho individual no trabalho; Bem-estar no trabalho; Justiça organizacional; Suporte organizacional