RESUMO
OBJETIVO
Avaliar os efeitos ovarianos da melatonina (Mel) em ratas com síndrome dos ovários policísticos (SOP) antes e após a indução do estro-permanente.
MÉTODOS
Trinta e duas ratas com ciclos estrais regulares foram igualmente divididas em quatro grupos: 1) GCtrl - fase de estro. 2) GSOP - fase de estro-permanente. 3) GMel1 – tratadas por 60 dias com Mel (0,4 mg/kg) durante a indução do estro-permanente e 4) GMel2 – ratas com SOP e tratadas com Mel. Após eutanásia dos animais, os ovários foram processados para inclusão em parafina. Cortes foram corados com H.E ou submetidos à imuno-histoquímica para detecção de Ki-67 e caspase-3 clivada (Casp-3).
RESULTADOS
O GSOP mostrou ausência de corpos lúteos e vários cistos ovarianos, além de inúmeras células intersticiais. A presença de corpos lúteos e o aumento significativo dos folículos primários e antrais foram observados nos grupos tratados com Mel, os quais também mostraram diminuição no número de cistos ovarianos e na área ocupada pelas células intersticiais. Esses resultados foram mais evidentes no GMel1 do que no GMel2. A porcentagem de células Ki-67 positivas foi significativamente maior no GMel1 e no GMel2, sendo mais evidente no GMel2, em comparação ao GSOP. Por outro lado, a porcentagem de células positivas à Casp-3 foi menor nas células da granulosa do GMel1 e maior nas células intersticiais do GMel2, em comparação ao GSOP.
CONCLUSÃO
A administração de melatonina previne o estado de estro-permanente em ratas com SOP. Esse efeito é mais eficiente quando a melatonina é administrada após indução do estado de estro-permanente.
Ovário; Melatonina; Síndrome do ovário policístico; Ciclo estral; Ratos