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Efeitos colaterais do tratamento da hepatite C no polo aplicador do ABC

OBJETIVO: Analisar e comparar os efeitos colaterais do tratamento da hepatite C com interferon peguilado e ribavirina no Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) do Hospital Mário Covas (Santo André), de 23/02/2011 a 05/05/2011. MÉTODOS: Estudo do tipo transversal, por questionário, com amostra não probabilística composta por 340 pacientes que receberam pelo menos uma dose da medicação. RESULTADOS: Os efeitos colaterais apresentados foram cansaço (82,9%), artralgia e/ou mialgia (76,8%), emagrecimento (71,8%), cefaleia (67,6%), desânimo (65,9%), depressão e/ou irritabilidade (64,4%), prurido (60,6%), febre (59,1%), alopecia (51,5%), tosse seca (34,1%), náuseas (11,7%), inapetência (11,7%) e tontura (7,9%). Foram relatados até 19 sintomas durante o tratamento. Apenas quatro pacientes (1,2%) não apresentaram efeitos colaterais. Ao comparar os interferons, observamos que o uso do alfa-2b causou uma média de 8,01 sintomas por paciente, enquanto o do alfa-2a foi responsável por uma média de 7,50. Os pacientes em uso do interferon alfa-2b apresentaram mais febre, emagrecimento, cefaleia, artralgia e/ou mialgia, cansaço, desânimo, depressão e/ou irritabilidade e tosse seca do que os pacientes em uso do alfa-2a, que, por sua vez, tiveram mais alopecia e prurido. CONCLUSÃO: O estudo mostra uma grande morbidade relacionada ao tratamento, já que apenas 1,2% dos pacientes não apresentaram efeitos colaterais. Na amostra, o interferon peguilado alfa-2b foi responsável por maior prevalência de febre e emagrecimento quando comparado ao alfa-2a, sendo essa relação estatisticamente significante (p < 0,05).

Hepatite C; terapia combinada; interferon alfa-2a; interferon alfa-2b; ribavirina


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