Resumo
Objetivo:
Identificar os fatores associados à escolha da dose de insulina regular subcutânea intermitente em pacientes críticos com hiperglicemia.
Método:
Estudo transversal em uma UTI geral adulta com 26 leitos. Pacientes com um ou mais episódios de hiperglicemia (glicemia capilar superior a 180 mg/dL) foram incluídos por conveniência, de forma não consecutiva. Aqueles com prescrição de insulina contínua foram excluídos da análise. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, diagnóstico prévio de diabetes melito, uso de corticosteroide, uso de lactulose, presença de sepse, jejum, dieta enteral, uso de soro glicosado contínuo, prescrição de insulina NPH e valor da glicemia capilar.
Resultados:
Foram incluídos 64 registros de hiperglicemia verificados em 22 pacientes que apresentaram pelo menos um episódio de hiperglicemia. O valor mediano administrado de insulina regular humana subcutânea foi de 6,0 UI e, entre os fatores analisados, o único associado à dose de insulina administrada visando à normalização dos níveis glicêmicos foi o valor da glicemia capilar.
Conclusão:
Evidencia-se a inobservância de características clínicas dos pacientes, como dieta, uso de medicamentos e diagnóstico prévio de diabetes melito, para a tomada de decisão quanto à dose de insulina a ser administrada visando ao controle glicêmico em pacientes críticos com hiperglicemia.
Palavras-chave:
glicemia; insulina; unidades de terapia intensiva; hiperglicemia; diabetes melito; hipoglicemia