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Tendências da gravidez na adolescência no Brasil, 2000-2011

Resumo

Objetivo:

avaliar a frequência da gravidez na adolescência no Brasil, no período entre 2000 e 2011, nas cinco diferentes regiões brasileiras e por faixas de idade (10 a 14 e 15 a 19 anos), correlacionando com o índice de desenvolvimento humano (IDH).

Método:

estudo epidemiológico, descritivo, com desenho transversal, realizado por busca no banco de dados do sistema único de saúde (Datasus), utilizando informações do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc).

Resultados:

ocorreu queda do percentual de nascidos vivos (NV) de mães adolescentes (10 a 19 anos) no Brasil (23,5% em 2000 para 19,2% em 2011). Essa redução foi notada em todas as regiões brasileiras na parcela de mães entre 15 e 19 anos. O número de NV aumentou 5,0% entre mães de 10 a 14 anos (incremento no Norte e Nordeste e redução nas demais regiões). A proporção de NV mostra tendência inversamente proporcional ao IDH, tendo o Sudeste o maior IDH e a menor proporção de NV de mães adolescentes no país.

Conclusão:

o Brasil apresenta declínio do percentual de NV de mães adolescentes, com tendência a estar inversamente relacionado ao IDH. É importante intensificar as estratégias de abordagem do problema, a fim de que a gravidez na adolescência seja uma decisão própria e não consequência da falta de políticas públicas direcionadas ao adolescente.

Palavras-chave
gravidez na adolescência; prevalência; epidemiologia; condições sociais; adolescente; desenvolvimento humano

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