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O anestesiologista está efetivamente preparado para perda da via aérea ou da função respiratória? Um estudo de corte transversal em hospital terciário

Objetivo

Identificar a realização de procedimentos altamente recomendados para assegurar a via aérea de pacientes submetidos a anestesia, previstos no manual de segurança anestésica da Organização Mundial da Saúde.

Métodos

Realizou-se um estudo prospectivo do tipo transversal observacional, envolvendo 87 pacientes com idade entre 18 e 60 anos, ASA 1 e 2 de acordo com a classificação do Estado Físico pela Sociedade Americana de Anestesiologia. Variáveis estudadas: realização do teste de Mallampati, disponibilidade de material para intubação orotraqueal, confirmação do posicionamento do tubo endotraqueal, monitoração da ventilação do paciente e confirmação do jejum. Calculou-se a Razão de Prevalência (RP) e o seu Intervalo de Confiança a 95% (IC 95%) como medida do risco relativo. Adotou-se o nível de significância de 5%.

Resultados

Em 87,4% dos pacientes a via aérea não foi avaliada pelo teste de Mallampati e 51,7% não tiveram seus jejuns pré-operatórios confirmados, e em 29,1% das anestesias não se verificou a disponibilidade de material para intubação orotraqueal. Todos os casos em que não ocorreu esta verificação o paciente foi submetido à anestesia regional, com diferença significativa entre os grupos (p = 0.00). 95,8% dos pacientes tiveram a intubação orotraqueal confirmada pela capnografia e 68% tiveram esta confirmação realizada pela ausculta.

Conclusão

Medidas consideradas essenciais para a segurança do paciente durante a cirurgia ainda são negligenciadas.

Anestesia; segurança; manuseio de vias aéreas


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