RESUMO
INTRODUÇÃO:
Interação medicamentosa é uma importante causa de morbidade mundial. Apresenta especial importância em pacientes oncológicos, pois esses frequentemente estão em uso de polifarmácia, podendo haver interações entre os medicamentos e os quimioterápicos utilizados.
OBJETIVO:
Avaliar a interação medicamentosa entre a quimioterapia e outros medicamentos em pacientes oncológicos.
MÉTODOS:
Estudo transversal realizado em serviço ambulatorial de oncologia de um hospital público terciário. Foram incluídos 235 pacientes, identificando-se quais medicamentos eram utilizados por eles. Por meio do auxílio do banco de dados do MedScape e Epocrates, avaliaram-se as interações entre as medicações e os quimioterápicos, definindo sua frequência e dividindo sua gravidade da interação em leve, monitorização próxima e grave.
RESULTADOS:
Do total estudado, 161 pacientes apresentavam alguma interação medicamentosa, sendo nove tipos de interações leves, 23 tipos de interações com necessidade de monitorização próxima e dois tipos de interações graves. As interações mais frequentes foram entre fluoracil e leucovorin (32 casos) e ciclofosfamida e doxorrubicina (19 casos). As interações sérias foram entre aspirina e pemetrexed; e leucovorim e bactrim.
CONCLUSÃO:
No presente trabalho, interações medicamentosas foram frequentes, incluindo interações graves com potencial aumento de morbimortalidade. Assim, faz-se necessário que oncologistas tracem um plano terapêutico levando em consideração as possíveis interações medicamentosas entre a quimioterapia prescrita e demais medicações em uso pelos pacientes.
PALAVRAS-CHAVE:
Interações medicamentosas; Antineoplásicos/efeitos adversos; Oncologia