RESUMO
INTRODUÇÃO
A doença celíaca (DC) é uma doença autoimune que pode ter seu diagnóstico atrasado devido à presença de casos atípicos e assintomáticos na idade adulta. Neste trabalho, objetivamos estudar a frequência de DC e avaliar se as técnicas de endoscopia magnificada e magnificada/Fice (flexible spectral imaging color enhancement) contribuem para o diagnóstico em pacientes com deficiência sérica de ferro e vitamina B12.
MÉTODO
Foram avaliados prospectivamente 50 pacientes adultos (10 homens e 40 mulheres) com deficiência sérica de ferro e vitamina B12. Todos os pacientes foram submetidos a endoscopia digestiva alta pelo mesmo endoscopista. A segunda parte do duodeno foi avaliada com endoscopia com luz branca, magnificada e magnificada/Fice. As amostras de biópsia foram avaliadas pelo mesmo patologista. Os espécimes diagnosticados como DC foram classificados de acordo com os critérios de Marsh-Oberhuber modificado.
RESULTADOS
Dez dos 50 pacientes (% 20) foram diagnosticados como DC. A idade média foi de 41±11 anos (20-67 anos). Trinta por cento dos pacientes diagnosticados com DC apresentaram sintomas típicos de DC. Seis dos dez pacientes (60%) diagnosticados com DC tinham imagens endoscópicas típicas sob endoscopia de luz branca. Todos esses dez pacientes (% 100) apresentaram irregularidade das vilosidades, atrofia das vilosidades parciais ou atrofia das vilosidades totais consistentes com a DC com endoscopia magnificada e magnificada/Fice.
CONCLUSÃO
O uso prático da endoscopia magnificada/Fice permite diferenciar anormalidades mucosas do duodeno e minimizar os resultados falso-negativos que apresentam achados mucosais normais com a endoscopia convencional.
Doença celíaca; Deficiência de vitamina B 12; Deficiência de ferro; Aumento da imagem/métodos; Processamento de imagem assistida por computador