RESUMO
OBJETIVO:
Pacientes em unidades de terapia intensiva (UTI) apresentam maior morbimortalidade. Nosso objetivo foi estudar a razão de neutrófilos para linfócitos (NLR) e de plaquetas para linfócitos (PLR) na população de UTI.
MÉTODOS:
Dados médicos e laboratoriais dos pacientes tratados em UTI foram analisados retrospectivamente. Os pacientes foram divididos em grupos de falecidos e de sobreviventes.
RESULTADOS:
O NLR de indivíduos sobreviventes e falecidos foi de 3,6 (0,2-31) e 9,5 (1-40), respectivamente (p < 0,001). A PLR dos pacientes sobreviventes (111 [16-537]) foi significativamente menor do que a PLR do grupo dos falecidos (209 [52-1143]), (p < 0,001). Uma RNL maior que 4,9 teve 84% de sensibilidade e 67% de especificidade na previsão de casos mortais. (AUC: 0,80, p < 0,001). Uma PLR superior a 112 apresentou sensibilidade de 83% e especificidade de 52% na previsão de casos mortais (AUC: 0,76, p <0,001). Ambos, PLR e NLR, foram significativamente e positivamente correlacionados com os níveis de proteína reativa c.
CONCLUSÃO:
Sugerimos que os médicos prestem atenção especial ao tratamento de pacientes em UTI com valores elevados de RNL e RPL.
PALAVRAS-CHAVE:
Cuidados críticos; Neutrófilos; Linfócitos; Plaquetas; Mortalidade