Acessibilidade / Reportar erro

Anticoagulação no acidente vascular cerebral: uma revisão sistemática

Resumo

Introdução:

O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das doenças mais importantes no mundo. Vários cenários clínicos exigem dose completa de anticoagulantes para tratar a etiologia primária do AVC ou para o tratamento de uma comorbidade. Contudo, existem inúmeras controvérsias em relação ao tratamento com anticoagulação no AVC, como tempo para o início, eficácia de acordo com a etiologia do AVC, dose ideal de anticoagulante e utilização de novos anticoagulantes.

Método:

Busca computadorizada de ensaios clínicos controlados e randomizados foi feita até a presente data nas bases Medline, Scielo, Embase, PsychInfo e Cochrane Library, usando termos MeSH e as palavras-chave acidente vascular cerebral, acidente vascular cerebral isquêmico, anticoagulação, anticoagulantes, heparina de baixo peso molecular, heparina, varfarina, dabigatran, rivaroxaban, apixaban. O modelo PRISMA foi utilizado para avaliar os ensaios clínicos.

Resultados:

Catorze ensaios clínicos foram selecionados de acordo com critérios de inclusão. Não foram encontradas evidências que apoiam o uso precoce de heparina, heparinoides ou heparina de baixo peso molecular (HBPM) precocemente após o AVC. Nenhuma evidência consistente para o uso de warfarina e anticoagulantes orais mais recentes foi encontrada. Argatroban foi o único anticoagulante com resultados positivos significativos para AVC isquêmico precoce não embólico.

Conclusão:

O momento ideal para iniciar a anticoagulação continua mal definido, exigindo uma investigação mais aprofundada. Anticoagulação precoce para AVC isquêmico não é recomendada, com exceção para o argatroban.

Palavras-chave:
acidente vascular cerebral isquêmico; anticoagulação; heparina; varfarina

Associação Médica Brasileira R. São Carlos do Pinhal, 324, 01333-903 São Paulo SP - Brazil, Tel: +55 11 3178-6800, Fax: +55 11 3178-6816 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: ramb@amb.org.br