Introdução:
o registro das emissões otoacústicas permitiu comprovar que a cóclea, além de receber os sons, produz energia acústica. Com a medida das emissões otoacústicas – produto de distorção (EOAPD), verifica-se o crescimento da resposta de acordo com a intensidade do estímulo sonoro apresentado (curva de crescimento).
Objetivo:
determinar os limiares de surgimento das EOAPD nas frequências de 2.000 e 4.000 Hz com estímulo de 20 a 65 dB NPS e estabelecer os valores de slope obtidos nas curvas de crescimento.
Métodos:
foram estudados 39 neonatos com 5 a 28 dias de vida sem indicadores de risco para perda auditiva. A captação das curvas de crescimento das EOAPD foi realizada em 2.000 e 4.000 Hz com nível de intensidade variando de 20 a 65 dB em dois paradigmas (20 a 40 dB NPS e 40 a 65 dB NPS).
Resultados:
houve diferença estatística significante dos limiares de surgimento das EOAPD dependendo do critério utilizado. Os limiares foram, em média, mais elevados em 4.000 Hz do que em 2.000 Hz, e o slope foi, em média, maior em 2.000 Hz do que em 4.000 Hz; porém, com diferença não significante em ambos os casos.
Conclusão:
os limiares de surgimento foram, em média, 30 dB NPS em 2.000 Hz e 35 dB NPS em 4.000 Hz. Os valores do slope variaram, em média, entre 3 e 4, chegando a 15 em alguns casos.
emissões otoacústicas espontâneas; testes auditivos; audição; recém-nascido