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Síndrome das unhas amarelas

IMAGEM EM MEDICINA

Síndrome das unhas amarelas

Ricardo Humberto de Miranda FélixI; Honorato Marins da Nóbrega OliveiraI; Cinthia Lorena de Almeida e SousaI; Ana Rita Brito Medeiros da FonsecaII; Paulo Roberto de AlbuquerqueIII; Suzianne Ruth Hosanah LimaIV

IDoutorando do curso de Medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN, Natal, RN

IIDoutorando do curso de Medicina na UFRN, Natal, RN

IIIMestrado em Pneumologia pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP; Professor- Assistente do Departamento de Medicina Integrada da UFRN; Coordenador da Disciplina de Doenças do Sistema Respiratório, Natal, RN

IVMestranda na UNIFESP; Professora Auxiliar da Disciplina de Doenças do Aparelho Respiratório da UFRN, Natal, RN

Correspondência para Correspondência para: Ricardo Humberto de Miranda Félix Hospital Universitário Onofre Lopes (UFRN) Avenida Nilo Peçanha, 620 CEP: 59012-300 - Natal - RN Tel: (84) 3202-3719

Paciente feminina, 67 anos, ex-tabagista (vinte anos/maço), apresenta história há sete anos de dispneia crônica, dor ventilatória dependente bilateral, fadiga e tosse seca, decorrentes de derrame pleural de repetição (Figura 1), associada a crescimento lento de unhas amarelas, espessadas com desaparecimento da cutícula e lúnula (Figura 2). Há três anos iniciou quadro de edema de membros inferiores sugestivo de linfedema (Figura 3). Já requereu várias toracocenteses de alívio, até ser submetida à pleurodese bilateral com melhora do quadro pulmonar.




O quadro clínico é consistente com o diagnóstico de Síndrome das Unhas Amarelas (SUA), rara desordem classicamente caracterizada pela presença de unhas amarelas distróficas, linfedema e anormalidades do trato respiratório (derrame pleural, bronquiectasias e rinosinusite crônica), sendo a tríade observada em apenas 27% dos casos1. Homens e mulheres são igualmente afetados, predominando na meia-idade2. Seu mecanismo etiopatogênico exato permanece desconhecido; entretanto, há teorias que sugerem decorrer de alterações do sistema linfático e/ou aumento da permeabilidade vascular e microangiopatia2. O diagnóstico é clínico e de exclusão, com base na presença de pelo menos dois dos três critérios clínicos. O tratamento objetiva o controle das infecções respiratórias e drenagem pleural. A pleurodese é requerida nos derrames pleurais repetitivos e volumosos.

Trabalho realizado na UFRN, Natal, RN

  • 1. Nordkild P, Kromann-Andersen H, Struve-Christensen E. Yellow nail syndrome - the triad of yellow nails, lymphedema and pleural effusions: a review of the literature and a case report. Acta Med Scand. 1986; 219:221
  • 2. Maldonado F, Ryu JH. Yellow nail syndrome. Curr Opin Pulm Med. 2009; 15:371-5.
  • Correspondência para:

    Ricardo Humberto de Miranda Félix
    Hospital Universitário Onofre Lopes (UFRN)
    Avenida Nilo Peçanha, 620
    CEP: 59012-300 - Natal - RN
    Tel: (84) 3202-3719
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      25 Fev 2011
    • Data do Fascículo
      Fev 2011
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