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Freqüência de Gardnerella vaginalis em esfregaços vaginais de pacientes histerectomizadas

Frequency of Gardnerella Vaginalis in vaginal smears of hysterectomized women

OBJETIVO: Avaliar a freqüência de Gardnerella vaginalis em esfregaços cérvico-vaginais de pacientes com histerectomia prévia comparados com os esfregaços de pacientes não histerectomizadas. MÉTODOS: Realizamos um estudo retrospectivo no Laboratório de Anatomia Patológica da Unoeste, sendo revisados 39.447 laudos de citologia cérvico-vaginal. Destes, 1934 pacientes eram histerectomizadas totais e 37.513 não histerectomizadas. Dentre as pacientes não histerectomizadas foram coletados os dados apenas das pacientes com Gardnerella vaginalis (n=755). RESULTADOS: Com relação à microbiota vaginal das pacientes histerectomizadas, houve um predomínio de lactobacilos (60% dos casos); Gardnerella vaginalis ocorreu em 7,08% dos casos, com predomínio entre 41 a 50 anos (38%). Entre as pacientes não histerectomizadas, 755 (2% dos casos) apresentavam Gardnerella vaginalis e a maioria estava na faixa etária abaixo de 40 anos (62%). CONCLUSÃO: A chance de uma mulher histerectomizada ter Gardnerella vaginalis é 3,71 vezes maior. Nas pacientes histerectomizadas, Gardnerella vaginalis predomina naquelas entre 41 e 50 anos, enquanto nas não histerectomizadas predomina em mulheres abaixo de 40 anos. A manutenção do pH vaginal é importante para a prevenção de infecções por Gardnerella vaginalis e pacientes histerectomizadas devem tomar medidas de prevenção contra esta infecção.

Gardnerella vaginalis; Histerectomia; Microbiota vaginal


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