RESUMO
INTRODUÇÃO Injúria renal aguda (IRA) é um evento frequente entre pacientes criticamente enfermos internados em unidade de terapia intensiva (UTI) e representa um problema de saúde pública global, sendo imperativa uma abordagem interdisciplinar.
OBJETIVO Investigar, por meio de revisão de literatura, a epidemiologia da IRA em UTIs.
MÉTODOS Pesquisa on-line nas bases de dados Medline, Scientific Electronic Library Online e Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde, com análise dos 47 estudos de maior relevância publicados entre 2010 e 2017.
RESULTADOS Foram analisados dados de 67.033 pacientes, internados em mais de 300 UTIs de diferentes regiões do mundo. A incidência global de IRA variou de 2,5% a 92,2% e a mortalidade, entre 5% e 80%. O tempo de internação em UTI variou de cinco a 21 dias, enquanto que a necessidade de terapia renal substitutiva, de 0,8% a 59,2%. Pacientes com IRA apresentam índice de mortalidade substancialmente maior e tempo de internação mais elevado, em comparação com pacientes sem IRA. CONCLUSÃO: A incidência de IRA apresentou alta variabilidade entre os estudos e, dentre os motivos, estão os diferentes critérios utilizados para definição dos casos. Disponibilidade de recursos locais, necessidade de terapia renal substitutiva, creatinina na admissão na UTI, sobrecarga volêmica e sepse, dentre outros, influenciam as taxas de mortalidade entre os pacientes com IRA.
Lesão renal aguda; Unidades de terapia intensiva; Epidemiologia; Fatores de risco