OBJETIVO. Analisar o perfil de processos infecciosos em diabéticos internados em um hospital geral. MATERIAL E MÉTODOS. Foram selecionados, retrospectivamente, 233 prontuários de diabéticos no período de setembro a novembro de 1990. Num total de 38 (16,3%) pacientes com infecção, 76,3% (n = 29) eram do sexo feminino, com média de idade de 58,9 ± 15,3 anos, duração do diabetes de 10,8 ± 9,1 anos e predomínio do diabetes melito tipo II na amostra (86,3%, n = 33). RESULTADOS. O principal motivo de internação foi a doença macrovascular de extremidades (42%). Quarenta processos infecciosos foram estudados (dois pacientes apresentavam infecção em dois sítios). Foram realizadas culturas em 77,5% dos casos, não tendo sido observado predomínio de nenhum germe, mesmo nos diferentes sítios. A infecção urinária foi a mais freqüente (55%, n = 22, p < 0,01) e, dessa amostra, 86,4% (n = 19) eram do sexo feminino. A sepse ocorreu em 18,4% (n = 7) dos pacientes; destes, a infecção pulmonar foi responsável por 71,4%. Todos os casos de sepse foram a óbito. CONCLUSÃO. Considerando as infecções um fator agravante no processo mórbido de diabéticos, torna-se importante a realização de medidas profiláticas a fim de evitar o seu surgimento.
Diabetes; Infecção; Internação hospitalar