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Depressão induzida por interferon em pacientes com hepatite C: um estudo epidemiológico

Objetivo

Avaliar a incidência e a gravidade de sintomas depressivos em diferentes intervalos (12, 24 e 48 semanas) em pacientes brasileiros com HCV tratados com PEG IFN mais ribavirina.

Métodos

Foi feito um estudo prospectivo observacional, usando o Inventário de Depressão de Beck (BDI) e a Escala de Rastreamento Populacional de Depressão (CES-D).

Resultados

Foram incluídos 50 pacientes. As avaliações com ambas as escalas mostraram os maiores escores de depressão na 24a semana de tratamento; o escore BDI médio antes do tratamento foi de 6,5 ± 5,3 e o CES-D foi 10,9 ± 7,8. Após 24 semanas, o BDI médio foi 16,1± 10,2 e o CES-D foi 18,6 ± 13,0; de acordo com os escores combinados BDI e CES-D, 46% receberam diagnóstico de depressão. As subescalas somática e psicomotora tiveram alta correlação. Indivíduos com história de abuso de substâncias e de álcool apresentaram maior risco de desenvolver depressão por PEG IFN.

Conclusão

O tratamento com PEG IFN associou-se a uma alta incidência de sintomas depressivos nessa população de pacientes brasileiros, de acordo com a BDI e CES-D. Abuso de álcool e substâncias aumentam o risco de depressão induzida por PEG IFN.

HCV; interferon peguilado alfa-2b; interferon alfa; depressão; hepatite


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