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Endometriose mínima e leve e seu impacto negativo sobre a gravidez

RESUMO O objetivo desta revisão sistemática é apresentar estudos sobre a associação entre as taxas de gravidez e a presença de fases iniciais de endometriose. Estudos relacionados com a infertilidade e estágios mínimos e leves (estágios I,II, American Society of Reproductive Medicine [ASRM]) foram identificados por busca na base de dados MEDLINE, de 1985 a setembro de 2011. Os seguintes termos foram usados como palavras-chave: endometriose, infertilidade, taxa de gravidez; estágio mínimo; estágio leve de endometriose. Entre janeiro de 1985 e novembro de 2011, 1188 artigos foram recuperados; com base no título, 1038 citações foram excluídas e, finalmente, depois de critérios de inclusão e exclusão, 18 artigos foram selecionados para fazer parte desta revisão sistemática. Várias razões têm sido discutidas na literatura na tentativa de explicar o impacto da endometriose mínima no resultado da fertilidade, tais como: disfunção ovulatória, foliculogênese alterada prejudicada, defeito na implantação, baixa qualidade embrionária, ambiente peritoneal inflamatório e hostil e problemas da fase lútea. Apesar de toda polêmica envolvendo o tópico, o maior ensaio clínico randomizado foi publicado por Marcoux et al. Os autores encontraram uma taxa de gravidez estatisticamente significante após a ressecção de lesões superficiais de endometriose. Estágios iniciais de endometriose desempenham um papel crítico relacionado à infertilidade e, provavelmente proporcionam um impacto negativo nas taxas de gravidez em pacientes com endometriose. Outros estudos envolvendo estágios iniciais de endometriose, especialmente ensaios clínicos randomizados, ainda precisam ser realizados.

Endometriose; infertilidade; endometriose mínima; endometriose leve; revisão sistemática; estágio I endometrioses; estágio II endometrioses; ASRM


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